quinta-feira, 27 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Eventos Vegetariamos

EVENTOS VEGetariANOS – RIO DE JANEIRO:

Evento:

VEG DIA FELIZ - EVENTO GRATUITO

no CINEMA NOSSO com exibição do filme:

“Super Size Me, a Dieta do Palhaço”

no CINECLUBE VEGANS (cartaz em anexo)

Data:

29 de agosto de 2009 (Sábado).

Horário:

a partir das 17:00 hs

Local:

Cinema Nosso

Endereço:

R: do Rezende, 80 – Lapa – Rio de Janeiro – RJ.

Organização:

Escola Audiovisual Cinema Nosso - andre@cinemanosso.org.br

Apoio:

AtiVeg, FBAV, Gentileza Vegana, SOS Felinos, Vegetariando e ativistas independentes.

Entrada GRATUITA, haverá sorteio de brindes e debate com lanche vegano !!

Convidem amigos !!!

O QUE SEUS OLHOS NÃO QUEREM VER, NÃO É PIOR DO QUE O QUE ELES SENTEM

SERÃO RECEBIDAS DOAÇÕES PARA ANIMAIS HUMANOS OU NÃO – alimentos não perecíveis (de origem vegetal), brinquedos, cobertores, potes, coleiras, ração, etc.

Evento:

CAMPANHA DE ADOÇÃO – na Tijuca – ACCG e Família AUquiMIA, com participação CCZ-RJ.

Data:

22 de Agosto de 2009 (Sábado).

Horário:

das 11:00 às 16 hs

Local:

no Estacionamento do Extra, Rua Mariz e Barros 975/ 1037 ou entrada da Av Heitor Beltrão 37/38. (a campanha estará na entrada pela Av. Heitor Beltrão).

Informação:

(021) 9777-1110 / 8846 9414

Barbara Ribeiro & Tatiana Huguenin

contato@casadocaoegato.com.br

Organização:

www.familiaauquimia.org

www.familiaauquimia.blogspot.com

Eu amo a Associação Casa do Cão e Gato-ACCG!
www.casadocaoegato.com.br

Venha adotar um amigo!

Para adotar é necessário:

· MAIORIDADE

· IDENTIDADE

· CPF

· COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA

Estarão recebendo doações:
-Ração (cães e gatos - adulto e filhote)

-Vermífugos
-Caminhas, cobertores, edredons, lençóis (mesmo usados)

-comedouros e potinhos
-medicamentos (humanos e veterinários, mesmo usados!)
-coleiras, guias,

-produtos de limpeza: cloro, lisiform, sabão em pó, jornais, -contribuição financeira, etc.

TODO ANIMAL MERECE UM LAR SEGURO E AMOROSO

Obs: Estão precisando de voluntários.

Evento:

3) Brahma Kumaris Rio – Programação – 18 a 23 agosto – “Aldeia Sagrada 2009”

Informações:

Site nacional: www.bkumaris.org.br

Período de 18 a 23 de agosto

tema “Compartilhando o Sagrado, Servindo ao Mundo”

Encontro de Tradições Religiosas e pessoas comprometidas com a construção e consolidação da Cultura de Paz, organizado pelo MIR (Movimento Inter Religioso do Rio de Janeiro).

18/08 20h música

20/08 18h mesa-redonda: O Princípio Feminino na Espiritualidade

21/08 15h teatro infantil: Mundinho como vai você?

21/08 18h celebração inter-religiosa

22/08 15h meditação

22/08 16h diálogo: Encontros e Desafios do Diálogo Inter-religioso.

22/08 19h Festival de Música Sacra

Local: Sede MIR/ISER

Rua do Russel, 76 – Glória – RJ (Metrô: Estação Gloria - Saída Outeiro)

Evento:

TERRAPIA – Alimento Vivo - Gratuito

Data:

Início: 27/08/09 Término: 03/12/09 (5as feiras)

Horário:

das 8h às 13h30min

Local:

“Seminários de Alimentação Viva na Promoção da Saúde e

Ambiente”

Centro de Saúde Escola - ENSP – Fiocruz, em frente ao antigo Canal Saúde.

Rua Leopoldo Bulhões 1480 (em frente à estação ferroviária de Manguinhos).

Informação:

Tel.: (21) 2598 2659 (horário comercial)

No local às 3ª, 4ª,5ª e 6ª feiras

terrapia@ensp.fiocruz.br

http://www4.ensp.fiocruz.br/terrapia/?q=node/75

www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/blog/blog.php?id=872

SEMINÁRIOS DE ALIMENTAÇÃO VIVA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E DO AMBIENTE
Programa básico:
7h – Aula de yoga com Geraldo Guimarães (opcional)
7h30min – Identificação das folhas não cultivadas comestíveis da horta (opcional)
8h – Oficina de suco de clorofila com sementes germinadas
9h – Observação da germinação das sementes e tarefas de casa
10h - Conversas teóricas
11h – Oficina de culinária viva
12h30min – Confraternização na roda do “Tembiu porã” (“Alimento bonito” em guarani) e almoço
13h – Harmonização do espaço, arrumando o material do Terrapia.

Vagas: 130

http://www4.ensp.fiocruz.br/terrapia/?q=node/75

Evento:

Fins de semana - Cãominhada com animais do CCZ-RJ

Data:

Fins de semana

Horário:

das 10:00 às 13:00hs

Informação:

91475847 ou 22460978 (casa- podem deixar recado) - Julia

alessandraceroy@hotmail..com

juliaresendedeaquino@gmail.com

Dias 22 e 23 agosto – no Grajaú – 1ª. caminhada ecológica “Bairro Vivo” e Evento Desapegue-se – cartazes em anexo.

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EVENTOS VEGetariANOS – FORA DO RIO:

19 eventos de adoção de cães e gatos no fim de semana (21 a 23 de agosto)

17-08-2009 - 12-09-2009 Parceria Animal Guará DF

21-08-2009 Feira de doação no Pet Center Marginal Alphaville Barueri SP

22-08-2009 - 23-08-2009 Feira de Adoção dos Amigos dos Bichos/SP São Paulo SP

22-08-2009 Campanha de Adoção de Animais Permanente Curitiba PR

22-08-2009 Feirinha de adoção de cães e gatos (todos os sábados) Porto Alegre RS

22-08-2009 Feira de Adoção dos Anjos dos Bichos Barueri SP

22-08-2009 Evento de Adoção da Soc. Prot. de Animais de Campo Largo Campo Largo PR

22-08-2009 Feira de Adoção da APA-Botucatu Botucatu SP

22-08-2009 CCZ - SP Centro de Controle de Zoonoses - Adoção de Cães e Gatos São Paulo SP

22-08-2009 Feira de Adoção Pet Show S. Bernardo do Campo SP

22-08-2009 Feririnha de adoção SOS Animais Abandonados Jundiaí SP

22-08-2009 Feira de Adoção Caes e Gatos Projeto Murilo Pretinho Ribeirão Preto SP

22-08-2009 Feira de Adoção da APAA São Paulo SP

22-08-2009 Feira de Adoção de Animais Abaré Florianópolis SC

22-08-2009 Feira de Adoção Toca dos Gatinhos SP São Paulo SP

22-08-2009 - 23-08-2009 Centro de Adoção de Cães e Gatos do Projeto Natureza em Forma São Paulo SP

22-08-2009 Feirinha Adoçao Rio de Janeiro RJ

22-08-2009 Feira de Doação de Cães e Gatos São Paulo SP

23-08-2009 Evento de Adoção Fofuras Curitiba PR

Mais detalhes: http://www.olharanimal.net

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Gonzo Gastronomy: How the Food Industry Has Made Bacon a Weapon of Mass Destruction

By Arun Gupta, AlterNet. Posted July 23, 2009 in AlterNet.

The confluence of factory farming, the boom in fast food and manipulation of consumer taste created processed foods that can hook us like drugs.

Among my fondest childhood memories is savoring a strip of perfectly cooked bacon that had just been dragged through a puddle of maple syrup. It was an illicit pleasure; varnishing the fatty, salty, smoky bacon with sweet arboreal sap felt taboo. How could such simple ingredients produce such riotous flavors?

That was then. Today, you don't need to tax yourself applying syrup to bacon -- McDonald's does it for you with the McGriddle. It conveniently takes an egg, American cheese and pork and nestles it between pancakelike biscuits suffused with genuine fake-maple-syrup flavor.

The McGriddle is just one moment in an era of extreme food combinations -- a moment in which bacon plays a starring role, from high cuisine to low.

There is: bacon ice cream; bacon-infused vodka; deep-fried bacon; chocolate-dipped bacon; bacon-wrapped hot dogs filled with cheese (which are fried, then battered and fried again); brioche bread pudding smothered in bacon sauce; hard-boiled eggs coated in mayonnaise encased in bacon -- called, appropriately, the "heart attack snack"; bacon salt; bacon doughnuts, cupcakes and cookies; bacon mints; "baconnaise," which Jon Stewart described as "for people who want to get heart disease but [are] too lazy to actually make bacon"; Wendy's "Baconnator" -- six strips of bacon mounded atop a half-pound cheeseburger -- which sold 25 million in its first eight weeks; and the outlandish bacon explosion -- a barbecued meat brick composed of 2 pounds of bacon wrapped around 2 pounds of sausage.

It's easy to dismiss this gonzo gastronomy as typical American excess best followed with a Lipitor chaser. Behind the proliferation of bacon offerings, however, is a confluence of government policy, factory farming, the boom in fast food and manipulation of consumer taste that has turned bacon into a weapon of mass destruction.

While bacon's harmful effects were once limited to individual consumers, its production in vast porcine cities has become an environmental disaster. The system of industrialized hog (and beef and poultry) farming that has developed over the last 40 years turns out to be ideal for breeding novel strains of deadly pathogens, such as the current pandemic of swine flu. If a new killer virus appears, like the Spanish flu that killed tens of millions after World War I, factory farms will have played a central role in its genesis.

Concentrated animal feeding operations (CAFOs) churn out cheap, but flavorless, meat. However, for the CAFOs to exist there must be demand for the product. That's where the industrial food sector comes in. Chains like McDonald's, Chili's, Taco Bell, Applebee's and Pizza Hut approach the tasteless, limp factory beef, pork and chicken as a blank canvas with which to create highly enticing, even addictive, foods by pumping it full of fat, salt, sugar and chemical flavorings.

The chains lard on bacon in particular as a high-profit method of adding an item that has a "high flavor profile," a "one-of-a-kind product that has no taste substitute." According to David Kessler, author of The End of Overeating, a standard joke in the restaurant chain industry goes, "When in doubt, throw cheese and bacon on it."

More than that, notes Kessler, the food industry uses science and marketing to try to make its products addictive. By manipulating what he calls the "three points of the compass" -- fat, sugar and salt -- the food industry creates highly processed foods that can hook us like drugs. In various countries and regions, the levels of fat, sugar and salt are even calibrated to different "bliss points" to maximize the consumers' pleasure.

Kessler talks to one scientist who studied lab mice that were willing to work nearly as hard to get doses of Ensure, a drink high in fat and sugar, as they were to get hits of cocaine. One food company executive calls his industry "the manipulator of the consumers' minds and desires."
In essence, the food industry has hit on a magic formula: Companies conjure up endless variations on the McGriddle that itself is the mass-produced version of the maple-syrup-soaked bacon strip from our childhoods.

This points to why our food system is so entrenched and why noble experiments, from food co-ops and community-supported agriculture to organic food and the locavore movement, are fleas on the industrial food elephant.

The crisis of factory farming has thus become its own solution. We know our food system is killing the planet, killing us with heart disease, diabetes and cancer and threatens to incubate a deadly global pandemic, but how can we resist when it tastes oh so good?

terça-feira, 30 de junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

Vacas...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Marianne Thieme no 12o Festival Vegano Internacional no Rio



Marianne Thieme é uma política holandesa, ativista animal e publicitária. É presidente e líder do Partido para os Animais, primeiro partido dos direitos animais na história a ter representação em um parlamento nacional. Em 2002 Marianne e outros protetores dos animais fundaram o Partido para os Animais (Partij voor de Dieren).

Em novembro de 2007 seu partido conseguiu dois assentos no Parlamento Holandês, 9 assentos nos Governos Provinciais da Holanda e 1 assento no Senado. Ela foi eleita Talento Político de 2006 pela imprensa parlamentar da Holanda. Marianne publicou um livro sobre direitos animais ('The Animal's Century') e dezenas de artigos sobre criação intensiva de animais, caça, testes em animais, gripe aviária, rituais de abate, pele, pesca e vegetarianismo.

Em 2008, apresentou o DVD Meat the Truth, legendado pela Sociedade Vegetariana Brasileira com o título Meat the Truth: Uma Verdade Mais que Inconveniente. O filme é uma resposta ao "Uma Verdade Inconveniente" do Al Gore, que trata de algumas das causas do aquecimento global, poluição e males afins, mas deixa a questão da pecuária de lado. "Meat the truth" é o primeiro documentário a explorar a relação entre o consumo de carne e as mudanças climáticas.
meat-the-truth

A fundação Nicolaas G. Pierson, que produziu "Meat the truth" é uma espécie de braço científico do Partido dos Animais da Holanda, primeiro e único do mundo. Ao longo de pouco mais de uma hora, o filme mostra exemplos dos dados levantados pelo documento da FAO e faz uma avaliação crítica do que ele qualifica de modelo norte-americano carnívoro de dieta. Aponta também o impacto da pecuária sobre áreas naturais sendo transformadas em pastagem, com destaque para a Amazônia.

Teremos também a presença do senador Niko Koffeman, presidente da fundação Nicolaas G. Pierson.

Marianne Thieme comporá a mesa de Abertura do 12o Festival Vegetariano Internacional quando será projetado o DVD Meat the Truth: Uma Verdade Mais que Inconveniente seguido de debate com a participação de Marianne.

Veja mais:

http://www.svb.org.br/12veganfestival/index.php?option=com_content&view=article&id=49%3Amarianne-thieme&catid=14&Itemid=100003〈=pt

Veja lista de participantes confirmados:

http://www.svb.org.br/12veganfestival/index.php?option=com_content&view=article&id=26%3Apalestrantes-confirmados&catid=14&Itemid=100002〈=pt

sábado, 21 de março de 2009

Varal de Idéias no Rio de Janeiro

Evento:

DIA MUNDIAL SEM CARNE – Protesto intinerante - RJ

Data:

21 de março de 2009 (Sábado).

Horário / Local:

1) Praça Saens Peña, Tijuca - início: 11h; término: 13h

2) Praia de Copacabana (em frente à Siqueira Campos) - início: 15h30 (concentração até 16h na saída da estação do metrô Siqueira Campos, quando caminharemos em direção à praia); término: 17h

Organização:

Ativeg - www.ativeg.org

Estaremos com banners, panfletando e conversando com as pessoas para conscientização.

No final,faremos caminhada pela praia.

Proposta para o protesto:

- "varal" com receitinhas fáceis, informações sobre veganismo ou exploração animal, fotos de pratos vegs, poesias etc (levem o material que tiverem; o que acham de montarmos o varal na hora, com o material de todos?);

- distribuição de saquinhos com sementes de girassol (símbolo do vegetarianismo) e o "V" (e o que mais vcs acharem legal e puderem levar);

O evento estará acontecendo também em outras cidades.

terça-feira, 17 de março de 2009

Dietas vegetarianas podem propiciar gravidez saudável, dizem médicos

Fonte: Diário da Saúde
http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=6114

Dietas vegetarianas para grávidas

Dietas vegetarianas e vegan bem planejadas são escolhas saudáveis para as mulheres grávidas e seus bebês. As necessidades de vitaminas B12 podem ser facilmente supridas com alimentos fortificados ou com qualquer multivitamínico comum.

A afirmação é de um grupo de médicos e nutricionistas do Comitê de Médicos Para uma Medicina Responsável (PCRM), uma organização localizada nos Estados Unidos (www.pcrm.org).

Os especialistas concordam que as mulheres grávidas podem se basear sem medo nas dietas vegan e vegetarianas. "Dietas vegan bem planejadas e outros tipos de dietas vegetarianas são adequadas para todos os estágios do ciclo de vida, incluindo durante a gravidez, lactação, infância e adolescência," afirma um outro estudo da American Dietetic Association, a maior organização de profissionais de alimentação e nutrição dos Estados Unidos.

Vantagens das dietas vegetarianas

As dietas vegetarianas oferecem uma ampla gama de benefícios nutricionais, incluindo baixos níveis de gorduras saturadas e colesterol e altos níveis de fibras, folatos, antioxidantes e fitoquímicos.

"As mulheres que seguem dietas vegan não apenas têm gravidezes saudáveis, como elas frequentemente são mais saudáveis do que as mamães que comem carne," diz a Dra. Susan Levin, da PCRM.

A escolha de uma dieta vegetariana ou vegan também pode ajudar as mulheres a evitar os hormônios não-saudáveis e as toxinas presentes nos produtos contendo leite, carne e peixe.

Análises do leite das mães vegetarianas, segundo a pesquisadora, demonstram que os níveis de contaminantes ambientes presentes no leite é muito menor do que no leite das mães não-vegetarianas.

Suplementação de vitamina B12 na gravidez

"Comendo uma grande variedade de frutas, vegetais e outros alimentos de origem vegetal e incluindo no café-da-manhã cereais ou outros alimentos fortificados com vitamina B12, as mães e seus bebês podem obter todos os nutrientes que precisam para ficar bem," diz ela.

Estudos mostram que baixos níveis de vitamina B12 elevam o risco de defeitos de fechamento do tubo neural nos recém-nascidos. É por isto que os médicos recomendam a suplementação dessa vitamina para mulheres grávidas que usam dietas vegetarianas.

sexta-feira, 13 de março de 2009

FAO: 2400 L de água para um hamburger

FAO will be represented at the highest level by its Director-General Jacques Diouf as well as leading experts at the triennial 5th World Water Forum, the most important event on the international water calendar, to be held in Istanbul from March 16 to 22.


Agriculture is the biggest user of water in the world, accounting for 70 percent of all freshwater withdrawals and the key to feeding a rising global population is how to grow more food using less water.

FAO is also chair of UN-Water.

Journalists attending the conference who would like to make contact with FAO experts or who have any other enquiries should contact:

Erwin Northoff (Istanbul)
tel: (+39) 06 570 53105
mobile: (+39) 348 25 23 616
e-mail: erwin.northoff@fao.org

Hilary Clarke (Rome)
tel: (+39) 06 570 52514
e-mail: hilary.clarke@fao.org


FACTSHEET: Growing more food—using less water

terça-feira, 3 de março de 2009

13 razões para dizer não à carcinicultura

Fonte Greenpeace Brasil

A criação de camarão, conhecida como carcinicultura, é uma atividade que traz graves impactos ambientais e sociais às regiões onde se estabelece. Listamos aqui 13 pontos que mostram o quanto a carcinicultura prejudica o meio ambiente e a vida das comunidades pesqueiras.


  1. Ocupa Áreas de Preservação Permanente - APP´s (Código Florestal Lei 4771/65 e Resolução CONAMA 303/02): a ocupação de APP´s é observada na maioria dos empreendimentos estabelecidos no Ceará, representando 79,5% das áreas onde esta atividade é desenvolvida.

  1. Ameaça a integridade dos manguezais: a carcinicultura é responsável por inúmeros impactos ambientais vinculados ao ecossistema manguezal, dentre os quais destacamos: desmatamento de mangue em mais de um quarto (26,9%) dos empreendimentos existentes no Ceará, artificialização dos canais de maré e das gamboas e bloqueio dos fluxos das águas, comprometendo o equilíbrio ecológico deste ecossistema.

  1. Contamina a água: o lançamento de águas, provenientes dos cultivos no solo, nas gamboas e nos estuários é responsável pela contaminação do lençol freático e alteração da qualidade da água, ocasionando a mortandade de peixes e caranguejos, inutilizando a água para o consumo humano. No Ceará, 77% dos empreendimentos não utilizam bacia de sedimentação (tratamento de água) e 86,1% não reciclam água. Além disso, muitos viveiros são construídos sobre aqüíferos, causando a salinização das águas e destruindo as possibilidades da pequena agricultura ser desenvolvida pelas comunidades.

  1. Privatiza e gera conflitos pelo uso das águas: segundo a FAO, para cultivar 01 Kg de camarão em cativeiro são necessários pelo menos 50 mil litros de água. No Ceará, a EMBRAPA calculou em 262m3/ha o consumo das fazendas situadas no Jaguaribe utilizando água doce que implica em um consumo anual de 58.874m3/há. Vale dizer que essa demanda hídrica representa mais do que as principais culturas irrigadas do Baixo Jaguaribe (arroz irrigado, banana). O valor cobrado aos carcinicultores pelo uso da água é de apenas 2% do valor real. Mas, mesmo pagando tão pouco pela água, os empresários deste setor somam atualmente uma dívida de aproximadamente R$735.950,00 com a COGERH, alcançando um índice de 98% de inadimplência junto a este órgão.

  1. Privatiza Terras da União: a implantação de viveiros de camarão normalmente é realizada em áreas que eram utilizadas para a pesca, mariscagem, uso de produtos da flora do mangue (cascas, tanino) por parte das comunidades tradicionais. No lugar destas atividades a carciinicultura se introduz nessas áreas, tendo como marca principal a colocação de cercas em torno dos viveiros impedindo o acesso de pescadores/as, agricultores/as, índios/as e marisqueiras às áreas ainda disponíveis para o extrativismo.

  1. Propaga um falso discurso de emprego e renda: a chegada da carcinicultura é sempre acompanhada de promessas de geração de emprego e renda. No entanto, isso não se configura como realidade, uma vez que, os empregos gerados são precarizados pela falta de formalização e exposição dos trabalhadores/as a jornadas de trabalho exaustivas. No Ceará, 01 pessoa no máximo é empregada (mesmo assim esse emprego é sazonal e precarizado) para cada 01hectare de viveiro de camarão.

  1. Viola os direitos humanos: diante da resistência a expansão da carcinicultura, as comunidades sofrem violência física e psicológica. Casos de assassinatos e torturas, relacionados à atividade, já foram denunciados à justiça no Ceará e em outros estados.

  1. Destrói os meios de trabalho das comunidades tradicionais: na medida em que afeta diretamente o ecossistema manguezal inviabilizando o exercício das atividades tradicionais como a mariscagem, a cata de caranguejo e a pesca. O que tem impactado fortemente as mulheres que realizam a mariscagem. Enquanto 01 hectare de fazenda de camarão emprega no máximo 01 pessoa, em 01 hectare de manguezal trabalham 10 famílias.

  1. Ameaça a segurança alimentar: a implantação de viveiros em áreas de manguezal reduz a capacidade de produção de alimentos associada a esse ecossistema que funciona como berçário da vida marinha, local de alimentação, abrigo e reprodução para 75% das espécies pesqueiras que colaboram para a soberania alimentar e sustentam a produção de pescado do Brasil. Além disso, para produzir 30 toneladas de camarão, a carcinicultura consome 90 toneladas de peixes marinhos para fabricação de ração. Esta produção de camarão é destinada, em sua grande maioria, ao mercado internacional e, mais recentemente, para abastecer os mercados dos centros urbanos.

  1. Ameaça a saúde dos/as trabalhadores/as: o metabissulfito de sódio é um produto químico amplamente usado na despesca do camarão. Ao reagir com a água, o metabissulfito libera dióxido de enxofre (SO2), gás que causa irritação na pele, nos olhos, na laringe e na traquéia. Esse é considerado um agente de insalubridade máxima pela Norma No. 15 do Ministério do Trabalho. Doenças respiratórias, de pele e óbitos provocados pela exposição ao produto já foram identificados no Ceará.

  1. Descumpre a legislação ambiental: a maior parte dos empreendimentos de carcinicultura, no Estado do Ceará, apresenta situação de irregularidade frente ao licenciamento ambiental. 51,8% dos empreendimentos em instalação, em operação ou desativados são irregulares.

  1. Agrava o racismo ambiental: a atividade gera lucros exorbitantes para uma pequena minoria (formada por homens brancos e ricos) e danos para a população mais pobre (composta em sua maioria por descendentes de negros e indígenas) que vivem em comunidades tradicionais. Enquanto uma minoria se apropria dos benefícios do “crescimento”, são externalizados ou transferidos à sociedade altos custos sociais e ambientais. Ou seja, a atividade proporciona luxo para os ricos e deixa para os pobres o lixo, os custos e os riscos da degradação ambiental.

  1. Utiliza inadequadamente os recursos públicos: recursos que deveriam ser investidos na melhoria da qualidade de vida das populações são destinados ao desenvolvimento de uma atividade altamente predatória e insustentável socioambientalmente. Instituições financeiras como o Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES já disponibilizaram milhões de reais para os empresários da carcinicultura. Em 2005, o Banco do Nordeste investiu R$ 59,4 milhões nesta atividade. Além do financiamento, esses empresários ainda recebem subsídios de água e desconto de 73% na tarifa de energia elétrica de 21h30 às 06h do dia seguinte.

Atualmente, a carcinicultura vive uma grave crise econômica, agravada por problemas ecológicos, como o surgimento de doenças virais nos camarões cultivados - é o caso da mionecrose muscular (Myonecrosis Infectious Virus - IMNV). Essa crise reflete um ciclo produtivo de desenvolvimento caracterizado pela insustentabilidade, o que faz com que a atividade, antes apresentada como uma das mais lucrativas da economia brasileira, entrasse em colapso, num processo de decadência e falência, expresso no abandono dos viveiros. No Ceará, 70% das fazendas de camarão foram abandonadas. Mesmo diante dos fatos, muitos ainda continuam alardeando a atividade como motor de desenvolvimento.

Greenpeace Brasil

Fórum Cearense de Meio Ambiente - FORCEMA

Fórum Cearense de Mulheres – FCM

Fórum dos Pescadores e Pescadoras do Litoral Cearense - FPPLC

Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará – FDZCC

Rede de Educação Ambiental do Litoral Cearense - REALCE

Frente Cearense por uma Nova Cultura de Águas e Contra a Transposição das Águas do Rio São Francisco

Rede de Advogados Populares – RENAP

RedManglar

GT de Racismo Ambiental da Rede Brasileira de Justiça Ambiental

Fórum Cearense de Mulheres - FCM