sábado, 21 de março de 2009

Varal de Idéias no Rio de Janeiro

Evento:

DIA MUNDIAL SEM CARNE – Protesto intinerante - RJ

Data:

21 de março de 2009 (Sábado).

Horário / Local:

1) Praça Saens Peña, Tijuca - início: 11h; término: 13h

2) Praia de Copacabana (em frente à Siqueira Campos) - início: 15h30 (concentração até 16h na saída da estação do metrô Siqueira Campos, quando caminharemos em direção à praia); término: 17h

Organização:

Ativeg - www.ativeg.org

Estaremos com banners, panfletando e conversando com as pessoas para conscientização.

No final,faremos caminhada pela praia.

Proposta para o protesto:

- "varal" com receitinhas fáceis, informações sobre veganismo ou exploração animal, fotos de pratos vegs, poesias etc (levem o material que tiverem; o que acham de montarmos o varal na hora, com o material de todos?);

- distribuição de saquinhos com sementes de girassol (símbolo do vegetarianismo) e o "V" (e o que mais vcs acharem legal e puderem levar);

O evento estará acontecendo também em outras cidades.

terça-feira, 17 de março de 2009

Dietas vegetarianas podem propiciar gravidez saudável, dizem médicos

Fonte: Diário da Saúde
http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=6114

Dietas vegetarianas para grávidas

Dietas vegetarianas e vegan bem planejadas são escolhas saudáveis para as mulheres grávidas e seus bebês. As necessidades de vitaminas B12 podem ser facilmente supridas com alimentos fortificados ou com qualquer multivitamínico comum.

A afirmação é de um grupo de médicos e nutricionistas do Comitê de Médicos Para uma Medicina Responsável (PCRM), uma organização localizada nos Estados Unidos (www.pcrm.org).

Os especialistas concordam que as mulheres grávidas podem se basear sem medo nas dietas vegan e vegetarianas. "Dietas vegan bem planejadas e outros tipos de dietas vegetarianas são adequadas para todos os estágios do ciclo de vida, incluindo durante a gravidez, lactação, infância e adolescência," afirma um outro estudo da American Dietetic Association, a maior organização de profissionais de alimentação e nutrição dos Estados Unidos.

Vantagens das dietas vegetarianas

As dietas vegetarianas oferecem uma ampla gama de benefícios nutricionais, incluindo baixos níveis de gorduras saturadas e colesterol e altos níveis de fibras, folatos, antioxidantes e fitoquímicos.

"As mulheres que seguem dietas vegan não apenas têm gravidezes saudáveis, como elas frequentemente são mais saudáveis do que as mamães que comem carne," diz a Dra. Susan Levin, da PCRM.

A escolha de uma dieta vegetariana ou vegan também pode ajudar as mulheres a evitar os hormônios não-saudáveis e as toxinas presentes nos produtos contendo leite, carne e peixe.

Análises do leite das mães vegetarianas, segundo a pesquisadora, demonstram que os níveis de contaminantes ambientes presentes no leite é muito menor do que no leite das mães não-vegetarianas.

Suplementação de vitamina B12 na gravidez

"Comendo uma grande variedade de frutas, vegetais e outros alimentos de origem vegetal e incluindo no café-da-manhã cereais ou outros alimentos fortificados com vitamina B12, as mães e seus bebês podem obter todos os nutrientes que precisam para ficar bem," diz ela.

Estudos mostram que baixos níveis de vitamina B12 elevam o risco de defeitos de fechamento do tubo neural nos recém-nascidos. É por isto que os médicos recomendam a suplementação dessa vitamina para mulheres grávidas que usam dietas vegetarianas.

sexta-feira, 13 de março de 2009

FAO: 2400 L de água para um hamburger

FAO will be represented at the highest level by its Director-General Jacques Diouf as well as leading experts at the triennial 5th World Water Forum, the most important event on the international water calendar, to be held in Istanbul from March 16 to 22.


Agriculture is the biggest user of water in the world, accounting for 70 percent of all freshwater withdrawals and the key to feeding a rising global population is how to grow more food using less water.

FAO is also chair of UN-Water.

Journalists attending the conference who would like to make contact with FAO experts or who have any other enquiries should contact:

Erwin Northoff (Istanbul)
tel: (+39) 06 570 53105
mobile: (+39) 348 25 23 616
e-mail: erwin.northoff@fao.org

Hilary Clarke (Rome)
tel: (+39) 06 570 52514
e-mail: hilary.clarke@fao.org


FACTSHEET: Growing more food—using less water

terça-feira, 3 de março de 2009

13 razões para dizer não à carcinicultura

Fonte Greenpeace Brasil

A criação de camarão, conhecida como carcinicultura, é uma atividade que traz graves impactos ambientais e sociais às regiões onde se estabelece. Listamos aqui 13 pontos que mostram o quanto a carcinicultura prejudica o meio ambiente e a vida das comunidades pesqueiras.


  1. Ocupa Áreas de Preservação Permanente - APP´s (Código Florestal Lei 4771/65 e Resolução CONAMA 303/02): a ocupação de APP´s é observada na maioria dos empreendimentos estabelecidos no Ceará, representando 79,5% das áreas onde esta atividade é desenvolvida.

  1. Ameaça a integridade dos manguezais: a carcinicultura é responsável por inúmeros impactos ambientais vinculados ao ecossistema manguezal, dentre os quais destacamos: desmatamento de mangue em mais de um quarto (26,9%) dos empreendimentos existentes no Ceará, artificialização dos canais de maré e das gamboas e bloqueio dos fluxos das águas, comprometendo o equilíbrio ecológico deste ecossistema.

  1. Contamina a água: o lançamento de águas, provenientes dos cultivos no solo, nas gamboas e nos estuários é responsável pela contaminação do lençol freático e alteração da qualidade da água, ocasionando a mortandade de peixes e caranguejos, inutilizando a água para o consumo humano. No Ceará, 77% dos empreendimentos não utilizam bacia de sedimentação (tratamento de água) e 86,1% não reciclam água. Além disso, muitos viveiros são construídos sobre aqüíferos, causando a salinização das águas e destruindo as possibilidades da pequena agricultura ser desenvolvida pelas comunidades.

  1. Privatiza e gera conflitos pelo uso das águas: segundo a FAO, para cultivar 01 Kg de camarão em cativeiro são necessários pelo menos 50 mil litros de água. No Ceará, a EMBRAPA calculou em 262m3/ha o consumo das fazendas situadas no Jaguaribe utilizando água doce que implica em um consumo anual de 58.874m3/há. Vale dizer que essa demanda hídrica representa mais do que as principais culturas irrigadas do Baixo Jaguaribe (arroz irrigado, banana). O valor cobrado aos carcinicultores pelo uso da água é de apenas 2% do valor real. Mas, mesmo pagando tão pouco pela água, os empresários deste setor somam atualmente uma dívida de aproximadamente R$735.950,00 com a COGERH, alcançando um índice de 98% de inadimplência junto a este órgão.

  1. Privatiza Terras da União: a implantação de viveiros de camarão normalmente é realizada em áreas que eram utilizadas para a pesca, mariscagem, uso de produtos da flora do mangue (cascas, tanino) por parte das comunidades tradicionais. No lugar destas atividades a carciinicultura se introduz nessas áreas, tendo como marca principal a colocação de cercas em torno dos viveiros impedindo o acesso de pescadores/as, agricultores/as, índios/as e marisqueiras às áreas ainda disponíveis para o extrativismo.

  1. Propaga um falso discurso de emprego e renda: a chegada da carcinicultura é sempre acompanhada de promessas de geração de emprego e renda. No entanto, isso não se configura como realidade, uma vez que, os empregos gerados são precarizados pela falta de formalização e exposição dos trabalhadores/as a jornadas de trabalho exaustivas. No Ceará, 01 pessoa no máximo é empregada (mesmo assim esse emprego é sazonal e precarizado) para cada 01hectare de viveiro de camarão.

  1. Viola os direitos humanos: diante da resistência a expansão da carcinicultura, as comunidades sofrem violência física e psicológica. Casos de assassinatos e torturas, relacionados à atividade, já foram denunciados à justiça no Ceará e em outros estados.

  1. Destrói os meios de trabalho das comunidades tradicionais: na medida em que afeta diretamente o ecossistema manguezal inviabilizando o exercício das atividades tradicionais como a mariscagem, a cata de caranguejo e a pesca. O que tem impactado fortemente as mulheres que realizam a mariscagem. Enquanto 01 hectare de fazenda de camarão emprega no máximo 01 pessoa, em 01 hectare de manguezal trabalham 10 famílias.

  1. Ameaça a segurança alimentar: a implantação de viveiros em áreas de manguezal reduz a capacidade de produção de alimentos associada a esse ecossistema que funciona como berçário da vida marinha, local de alimentação, abrigo e reprodução para 75% das espécies pesqueiras que colaboram para a soberania alimentar e sustentam a produção de pescado do Brasil. Além disso, para produzir 30 toneladas de camarão, a carcinicultura consome 90 toneladas de peixes marinhos para fabricação de ração. Esta produção de camarão é destinada, em sua grande maioria, ao mercado internacional e, mais recentemente, para abastecer os mercados dos centros urbanos.

  1. Ameaça a saúde dos/as trabalhadores/as: o metabissulfito de sódio é um produto químico amplamente usado na despesca do camarão. Ao reagir com a água, o metabissulfito libera dióxido de enxofre (SO2), gás que causa irritação na pele, nos olhos, na laringe e na traquéia. Esse é considerado um agente de insalubridade máxima pela Norma No. 15 do Ministério do Trabalho. Doenças respiratórias, de pele e óbitos provocados pela exposição ao produto já foram identificados no Ceará.

  1. Descumpre a legislação ambiental: a maior parte dos empreendimentos de carcinicultura, no Estado do Ceará, apresenta situação de irregularidade frente ao licenciamento ambiental. 51,8% dos empreendimentos em instalação, em operação ou desativados são irregulares.

  1. Agrava o racismo ambiental: a atividade gera lucros exorbitantes para uma pequena minoria (formada por homens brancos e ricos) e danos para a população mais pobre (composta em sua maioria por descendentes de negros e indígenas) que vivem em comunidades tradicionais. Enquanto uma minoria se apropria dos benefícios do “crescimento”, são externalizados ou transferidos à sociedade altos custos sociais e ambientais. Ou seja, a atividade proporciona luxo para os ricos e deixa para os pobres o lixo, os custos e os riscos da degradação ambiental.

  1. Utiliza inadequadamente os recursos públicos: recursos que deveriam ser investidos na melhoria da qualidade de vida das populações são destinados ao desenvolvimento de uma atividade altamente predatória e insustentável socioambientalmente. Instituições financeiras como o Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES já disponibilizaram milhões de reais para os empresários da carcinicultura. Em 2005, o Banco do Nordeste investiu R$ 59,4 milhões nesta atividade. Além do financiamento, esses empresários ainda recebem subsídios de água e desconto de 73% na tarifa de energia elétrica de 21h30 às 06h do dia seguinte.

Atualmente, a carcinicultura vive uma grave crise econômica, agravada por problemas ecológicos, como o surgimento de doenças virais nos camarões cultivados - é o caso da mionecrose muscular (Myonecrosis Infectious Virus - IMNV). Essa crise reflete um ciclo produtivo de desenvolvimento caracterizado pela insustentabilidade, o que faz com que a atividade, antes apresentada como uma das mais lucrativas da economia brasileira, entrasse em colapso, num processo de decadência e falência, expresso no abandono dos viveiros. No Ceará, 70% das fazendas de camarão foram abandonadas. Mesmo diante dos fatos, muitos ainda continuam alardeando a atividade como motor de desenvolvimento.

Greenpeace Brasil

Fórum Cearense de Meio Ambiente - FORCEMA

Fórum Cearense de Mulheres – FCM

Fórum dos Pescadores e Pescadoras do Litoral Cearense - FPPLC

Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará – FDZCC

Rede de Educação Ambiental do Litoral Cearense - REALCE

Frente Cearense por uma Nova Cultura de Águas e Contra a Transposição das Águas do Rio São Francisco

Rede de Advogados Populares – RENAP

RedManglar

GT de Racismo Ambiental da Rede Brasileira de Justiça Ambiental

Fórum Cearense de Mulheres - FCM