quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Veganos em Saracuruna!!

*Desculpem o post atrasado sobre o evento


Em Saracuruna-Caxias, dia 29 de dezembro, cerca de 18 pessoas vegetarianas e a maioria vegana encontraram-se em evento organizado por Charles, que preparou com sua mãe, deliciosas Samoças (da culinária Hare) veganas e suco.

O encontro teve a proposta de confraternização e troca de idéias sobre o movimento Vegetariano/Vegano.


"Eles são ótimos !! Ficamos surpresos com a quantidade de veganos. Saímos com o compromisso de apoio mútuo, também para que haja implementação de ações por lá, com panfletagens e etc.
Acho que é isto, além da viajem de trem (quase uma hora !!). Mas valeu a pena." Disse Didi Vegetariana, do grupo Vegetariando!


quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Humanidade mais carnívora: risco para a saúde e o meio ambiente

PARIS (AFP) — O consumo de produtos animais, que deverá aumentar em 50% até 2020, segundo a Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE), acarreta grandes riscos sanitários e coloca em perigo os ecossistemas, ressaltaram especialistas.

O aumento do consumo de carne em escala planetária ocorre sobretudo nas economias emergentes, tendo China e Índia como principais consumidores, e se traduz pelo comércio cada vez maior de produtos animais.

"Há riscos sanitários complementares, porque os produtos circularão mais rapidamente que o tempo de incubação das doenças", constata Jean-Luc Angot, diretor-geral adjunto da OIE.

Entre os fatores de surgimento ou ressurgimento de novas patologias, há também o aquecimento global, a modificação dos ecossistemas ou a mudança de hábitos alimentares.

"A febre catarral ovina (ou doença da língua azul) surgida em regiões onde não era conhecida anteriormente, como no norte da Europa, era considerada até então tropical", lembra Angot.

A destruição dos ecossistemas expõe o homem e os animais ao surgimento de novos agentes patogênicos. No final dos anos 90, o desmatamento na Malásia fez sair das florestas os morcegos frugívoros que contaminaram os porcos, levando à erradicação de muitas varas de porcos e provocando 300 mortes humanas.

As febres hemorrágicas como o Ebola também estão ligadas aos contatos entre o macaco e o homem devido ao desmatamento na África.

Em relação aos hábitos alimentares, o vírus da Aids poderia ter contaminado o homem ao cruzar a barreira da espécie por causa do consumo de carne de macaco, segundo uma hipótese que ainda não foi cientificamente provada.

O aumento do número de aves aumenta o risco de um vírus da gripe aviária passar por mutações para ser transmitido eficazmente de homem para homem, o que não parece felizmente ser o caso da cepa H5N1.

De maneira geral, "o desenvolvimento de criações industriais no Sudeste Asiático, na China e na Índia, nas portas das cidades cria problemas de hiperconcentração, de não-gestão de dejetos, de riscos sanitários", constata André Pfimlin, diretor de pesquisa e desenvolvimento do Instituto de Criações em Paris.

No final de 2006 a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) calculou em um relatório que os bovinos produzem mais gases causadores do efeito estufa que os carros. O metano que expelem e o protóxido de nitrogênio de seus dejetos são muito mais nocivos para o meio ambiente que o CO2.

Este relatório também colocou em evidência que grande parte dessas emissões provinham de criações pastoris, praticadas por populações muito pobres do Sahel ou da Ásia Central que dependem do gado para sobreviver.

A margem de manobra é pequena para que se possa reduzir as emissões de metano, mas "se todos os sistemas de criação otimizarem seus dejetos, seus adubos, ganharão em dinheiro e reduzirão o risco de poluição para a água e para o ar", segundo Pfimlin.

Nas zonas tropicais, a produção de carne reduz também os "poços de carbono" (que reúnem CO2 na vegetação). "Quando queimamos a floresta, no Brasil, na América Central, e também na Indonésia, o fazemos muito freqüentemente para criações de gado e também para plantações de soja" que servem para alimentar os porcos e as aves, explica este especialista.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Os bois que pastam árvores


do Blog do Planeta

A estatística é assustadora: um em cada três bifes consumidos no país veio da região Norte. Para os carnívoros natos é dificil aceitar. Mas, pesquisadores afirmam que o preço cobrado pelo aumento do consumo nacional de carne tem sido a derrubada da Amazônia. Para constatar essa realidade basta dar uma volta pelas grandes rodovias que cortam a floresta, onde as árvores sumiram e restou um horizonte infinito de pastos. O assunto foi discutida no ano passado pela revista Época, e voltou a ser foco de debates nessa semana.

O relatório O Reino do Gado, produzido pela ong Amigos da Terra, já causou polêmica em todo o mundo. A questão principal são os empréstimos de bancos nacionais que estariam "patrocinando" o aumento descontrolado do gado, e conseqüentemente mais desmatamento. A falta de critérios para recuperação dos 70 milhões de hectares de pastos abandonados também é outro ponto levantado pela ong. Enquanto a polêmica segue, fica a pergunta que não quer calar. Quem está disposto a reduzir o seu consumo de carne para salvar a Amazônia?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Fábrica de cosméticos de SP é acusada de superexploração

Multinacional que abastece marcas como Avon, L´Oréal, Max Love e Natura, Weckerle do Brasil é acusada de praticar assédio moral e submeter funcionárias a jornadas de 12h, sem direito à folga nos fins-de-semana

Por Beatriz Camargo para Repórter Brasil

Problemas na Weckerle,segundo as denúncias

Jornada ilegal: 12h de trabalho todos os dias, sem finais de semana

Horas-extras: há relatos de não pagamento das horas devidas (quatro horas-extras diárias)

Assédio moral: pressão para que a pessoa trabalhe mais, sob ameaça de demissão

Demissão: empresa exige que os 40% do FGTS sejam "devolvidos", sob ameaça de "sujar o nome" de quem está se desligando

Descontos indevidos: desconto no salário por faltas comprovadas com atestado médico

Eliane Ribeiro lembra do trabalho na Weckerle do Brasil como um pesadelo: hoje sofre de tendinite (inflamação dos tendões devido a esforço repetitivo) do punho até o ombro. O período de dois anos e três meses na empresa também trouxe conseqüências psicológicas. "Eu não saio de casa sozinha. Não vou nem ao mercado", relata. "Não era assim antes [do trabalho na linha de montagem da fábrica de cosméticos]".

A Weckerle do Brasil se apresenta como líder de mercado e é uma filial da multinacional alemã Weckerle Cosmetics. Vende cosméticos para Avon, L´Oréal, Max Love e Natura, entre outras marcas. A indústria, situada na Zona Sul da capital paulista, mantém cerca de 200 empregados.

Além de Eliane, outras pessoas que trabalharam ou trabalham na Weckerle - que são na maioria mulheres - desenvolveram, em poucos meses de serviço, doenças ocupacionais como tendinite, problemas na coluna, depressão e estresse. Segundo elas, o assédio moral, a jornada excessiva e as condições de trabalho em desacordo com a lei são as principais causas das lesões.

A Repórter Brasil entrou em contato com a diretoria da Weckerle do Brasil para apurar a posição da multinacional acerca das denúncias dos trabalhadores, mas a empresa não quis atender a reportagem.

Matéria completa aqui.