quinta-feira, 19 de junho de 2008

SP: Benefícios para a saúde da alimentação vegetariana



Apresenta: palestra proferida pelo Dr. Eric Slywitch

A palestra vai mostrar como a alimentação vegetariana corretamente planejada é saudável, adequada em termos nutricionais e traz benefícios para a saúde na prevenção e no tratamento de determinadas doenças.

O Dr. Eric Slywitch é coordenador do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana. É médico especialista em Nutrologia, Nutrição Clínica, Nutrição Enteral e Parenteral. Como médico, coordena a Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital e Maternidade Santa Marina (em São Paulo). Como professor, ministra aulas para médicos e nutricionistas no Curso de Pós-graduação do Instituto de Pesquisa, Capacitação e Especialização (IPCE), no Centro de Excelência em Ensino na Saúde (CBES) e no Curso de Especialização em Nutrição Clínica do Ganep.

Quando: 27 de junho de 2008 – São Paulo

Horário: 17 às 19h

Onde: Auditório do Laboratório Buenos Ayres - Rua Sergipe, 120 - Consolação - http://www.buenosayres.com.br

Faça sua reserva: 11 38298109 / ocasvb@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email

Ingresso: 1 quilo de alimento não perecível e sem ingredientes de origem animal.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

"Em 2050, seremos todos vegetarianos"

Comer menos carne é o único meio de alimentar 10 bilhões de humanos, diz o autor de "O Fim da Comida"


Época, 12/06/2008

No Ensaio Sobre O Princípio Da População, publicado em 1798, o inglês Thomas Malthus fez uma afirmação alarmante. Como a população humana crescia em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética, no longo prazo o saldo desse descompasso seriam a fome e o aumento da mortalidade, ajustando o tamanho da população à oferta de alimento. Em 1800, havia 1 bilhão de humanos. Hoje, somos 6,6 bilhões. A produção agrícola superou a explosão populacional. Malthus estava errado? Para o jornalista americano Paul Roberts, de 54 anos, talvez não. A hora de Malthus pode ter chegado. Em The End of Food (O Fim da Comida, editora Houghton Mifflin), Roberts prevê que, até 2050, a demanda por comida ultrapassará a oferta. Um primeiro alerta seria a atual explosão do preço dos alimentos.

A tonelada de arroz passou de US$ 400 para US$ 1.000 em cinco meses. No Brasil, o feijão subiu 168,44% em 12 meses. A culpa, para os analistas, é de chineses e indianos, que estão ganhando mais e comendo mais. Em 2030, a China importará 200 milhões de toneladas de grãos, ou seja, todo o excedente exportável mundial. O que sobrará para os países pobres? Se nada for feito, a fome.

ÉPOCA – Malthus estava certo?

Paul Roberts – Após 200 anos, é cada vez mais difícil dizer “não” a essa pergunta. Continuamos desenvolvendo novas tecnologias para produzir mais comida, mas enfrentamos novas restrições que os fazendeiros do passado não tinham. Historicamente, a forma de aumentar a produção era expandir a área plantada. Isso é cada vez mais difícil. A maioria das terras aráveis do planeta já é usada e a maior parte do que resta são as últimas florestas. É o caso do Brasil, onde as novas áreas de plantio são obtidas à custa da derrubada de florestas.

ÉPOCA – É hora de outra Revolução Verde?

Roberts – A Primeira Revolução Verde, que transformou a agricultura entre os anos 40 e 60, multiplicou a produção de alimentos graças ao uso de fertilizantes e ao desenvolvimento de novas sementes. Ainda é possível aumentar a produtividade usando os transgênicos. Mas essa tecnologia tem seus limites. Não podemos também esquecer que o preço da energia está subindo e que a agricultura moderna foi pensada no tempo em que o barril de petróleo custava US$ 20. Caso o preço se estabilize entre US$ 125 e US$ 200, o sistema atual não se sustenta.

ÉPOCA – O que fazer?

Roberts – Há três grandes desafios para criar uma Segunda Revolução Verde. O primeiro é o aumento do preço do gás natural, o principal insumo na produção de nitrogênio sintético, que por sua vez é o maior insumo dos fertilizantes. A maior parte do excedente agrícola atual se deve à disponibilidade de nitrogênio barato. Se o preço dos fertilizantes se mantiver elevado, alimentar daqui a 50 anos outros 4 bilhões de pessoas, além dos 6,6 bilhões atuais, será um tremendo desafio. É preciso alternativas para produzir novos fertilizantes.

ÉPOCA – O segundo desafio é...

Roberts – A falta d’água. Para isso não existe alternativa. Não há continente onde não falte água. Cada país responde ao desafio de forma diferente. A China está substituindo a produção de grãos, que usa irrigação maciça, pela de frutas e verduras, que consome menos água. Em 2007, importou 30 milhões de toneladas de soja, boa parte oriunda do Brasil. Isso significa que a China está importando de vocês sua água. Está ocorrendo uma mudança no “mercado virtual” de água. Por algum tempo, isso deve contrabalançar a escassez. Mas, no fim das contas, não existe água suficiente no mundo para atender ao aumento projetado na demanda de alimentos.

ÉPOCA – E o terceiro?

Roberts – O último é o maior de todos: as mudanças climáticas. Elas vão dificultar o aumento na produção de comida e acentuar a escassez de água. A alteração do clima também será um desafio para que grandes exportadores, como os Estados Unidos e o Canadá, consigam elevar sua produção. Os desafios são complexos e as respostas para eles também. Será preciso reduzir o uso de energia e de água na agricultura, ao mesmo tempo que se elevam a eficiência e a produtividade. Porém, isso não será o bastante. Seremos obrigados a comer menos.

ÉPOCA – A Terra pode alimentar 2,5 bilhões de bocas com uma dieta ocidental, rica em carne, ou 20 bilhões de vegetarianos. Mas somos 6,6 bilhões...

Roberts – A pecuária e a avicultura consomem grande parte da produção de grãos. Tome o exemplo dos Estados Unidos, com um consumo anual per capita de 100 quilos de carne, comparado ao da Índia, com 15 quilos. É preciso elevar o consumo da Índia e desencorajar o consumo nos Estados Unidos e na Europa, para tentar atingir uma média global de consumo mais justa e sustentável.

ÉPOCA – Isso não é utopia?

Roberts – É preciso reduzir o consumo de carne. A questão é como fazê-lo. Nos Estados Unidos não se toca no assunto. Achamos que comer carne é um direito eterno. Seu consumo é considerado um índice de prosperidade – apesar dos problemas de saúde, como doenças cardíacas, que seu consumo acarreta.

ÉPOCA – No Brasil, é a mesma coisa.

Roberts – O Brasil está se desenvolvendo, e a lógica pressupõe que num país bem-sucedido come-se tanta carne quanto se deseja. Para inverter essa lógica, é preciso um líder corajoso e habilidoso. Essa não é uma prioridade dos candidatos à Presidência dos Estados Unidos. Cedo ou tarde, essa discussão terá de ser atacada.

ÉPOCA – Barack Obama e John McCain têm opinião a respeito?
Roberts – Não sei. Não é uma questão que eles levantariam na campanha. Não soaria como algo patriótico.

ÉPOCA – O aumento do preço da comida ameaça elevar em 100 milhões o total de 862 milhões de famintos no planeta. Mas há 1 bilhão de pessoas com sobrepeso. O problema da humanidade é a fome ou o diabetes?

Roberts – Ambos são problemas. Se fosse forçado a escolher, priorizaria a subnutrição, pois ela mata as pessoas muito mais cedo, e sua solução contribuiria para a estabilidade do clima. Dito isso, se fracassarmos em lidar com a questão da obesidade, no longo prazo pagaremos um enorme preço na forma de despesas médicas. Por 200 mil anos, a espécie humana teve sua dieta restrita pela disponibilidade ou não de alimento. A invenção da agricultura, há 10 mil anos, mudou esse padrão. A obesidade é conseqüência do acesso a uma alimentação farta e barata. Para manter uma dieta saudável, é preciso disciplina, e nós não fomos biologicamente projetados para controlar nossa gula.

ÉPOCA – O Brasil será o celeiro do mundo à custa da destruição da Amazônia?

Roberts – Apesar de conhecermos as conseqüências científicas e ambientais da rápida expansão da agricultura, somos incapazes de resistir à pressão política e econômica. Na imprensa econômica americana, o Brasil é retratado como uma história de sucesso. O país será uma superpotência na produção de alimentos. No entanto, quando olhamos as publicações científicas, o Brasil é retratado em termos muito negativos. A lógica gira em torno do fato de a população chinesa ganhar hoje o suficiente para comer carne, o que leva à destruição das florestas no Brasil. A questão fundamental é: como dizer a 1,3 bilhão de chineses que eles devem comer menos carne, se comer carne tem sido um objetivo humano por milhares de anos?

ÉPOCA – Seu livro anterior se chamava O Fim do Petróleo. O atual é O Fim da Comida. Qual será o próximo, o fim da água? O fim da natureza? O fim da esperança?

Roberts – (Risos.) Vou trabalhar num livro sobre as finanças globais, outro desastre. O mercado financeiro é a chave de tudo. Nada do que conversamos, como a conversão de florestas em área de cultivo no Brasil, pode acontecer sem a ajuda dos mercados financeiros. Eles estão em crise. São uma faca de dois gumes que é preciso entender melhor.

ÉPOCA – O senhor é otimista com o futuro?

Roberts – Acho que sou. Ao dissecar a questão da escassez de recursos, aprendi como as coisas podem se tornar ruins. Eu sei qual é o pior cenário possível se não alterarmos a rota na qual caminhamos. Com isso em mente, acredito que qualquer mudança será para melhor. É muito fácil ser pessimista, mas isso não faria o menor sentido. A humanidade sempre conviveu com a escassez. Essa é a condição humana.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Semente mais velha do mundo, com 2.000 anos, dá origem a palmeira saudável

Via G1, 13/06/2008 - 06h00

Tâmara plantada em Israel originou-se de semente encontrada na fortaleza de Masada.
Planta provavelmente foi deixada lá por soldados por volta do século 1 de nossa era.

Uma semente que sobreviveu ao governo do rei Herodes e a uma batalha sangrenta entre judeus e romanos é a mais antiga a germinar no mundo, afirmam pesquisadores israelenses. Apelidada de "Matusalém", homenageando o mais idoso personagem da Bíblia, a muda de tamareira brotou de um genitor com cerca de 2.000 anos de idade, e pode até ajudar no melhoramento genético das tâmaras modernas, se tudo correr bem.

A história cinematográfica da tamareira Matusalém está na edição desta semana da revista especializada americana "Science". A semente que deu origem à plantinha, hoje com três anos de idade, veio da fortaleza de Masada, perto do mar Morto, no atual estado de Israel. A fortaleza foi construída pouco antes do nascimento de Cristo pelo rei Herodes e, décadas mais tarde, durante a guerra entre romanos e judeus, foi atacada pelo exército de Roma. Nenhum dos defensores judeus sobreviveu ao ataque.

No entanto, escavações arqueológicas nos anos 1960 acharam as tâmaras debaixo dos escombros da fortaleza. Sarah Sallon e seus colegas do Instituto Louis Borick de Medicina Natural, em Jerusalém, conseguiram datar duas das sementes, comprovando que elas tinham cerca de 2.000 anos de idade. Uma terceira semente foi plantada e, aos 15 meses de vida, pedacinhos de sua casca que ainda estavam aderidos à muda também foram datadas. A idade obtida foi cerca de 200 anos mais recente -- o que era de se esperar quando se considera o grau de contaminação com carbono mais recente, absorvido do ar e do solo durante o crescimento da plantinha.

Calor e secura

Os pesquisadores dizem acreditar que o clima único da região do mar Morto, extremamente quente e seco, ajudou na preservação da semente de Matusalém. A saúde da mudinha parece muito boa, com exceção de algumas manchas brancas nas folhas -- provavelmente ligadas a uma falta de nutrientes na semente. O grupo também aproveitou para fazer uma análise genética da tamareira, comparando-a com plantas atuais da mesma espécie, oriundas do Egito, do Marrocos e do Iraque.

A surpresa é a semelhança genética relativamente baixa entre a planta-Matusalém e as atuais -- provavelmente porque as modernas são plantadas de forma clonal, sem cruzamento entre os indivíduos. Se Matusalém produzir frutos, seu DNA poderá trazer "sangue novo" (ou seria sangue velho?) às tamareiras modernas, já que os judeus da época de Jesus tinham desenvolvido plantações de alta qualidade da espécie.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

EVENTO, 15/06, COSME VELHO-OREOCA (BRUNCH, YOGA, PERMACULTURA, OFICINA)

Domingo, 15 de junho, a partir das 11h.

Venha tomar um Brunch na OreOca



Um programa especial para você e seus amigos...

Palestra com o engenheiro, permacultor e escritor Fernando Soneghet Pacheco – "O Homem Ecológico".

Aula de Hatha Yoga com Dikshan*

Oficina de Comida Ecológica

Oficina livre de Arte



Custo R$ 25 antecipado e R$ 30 na hora

Informações 3235-6631 – 9469-2999 – Mariana ou Guilherme

OreOca – Ladeira do Ascurra, 124 – Cosme Velho – RJ (rua em frente ao terminal rodoviário do Cosme Velho)

*Se inscreva antecipadamente para fazer a aula de Hatha Yoga e receber Dikshan.

Rio: 21/06 JANTAR VEGETARIANO BENEFICENTE

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Jamie Oliver sufoca e mata frangos ao vivo na TV

Via Pipoca de Bits
O chef de cozinha Jamie Oliver se tornou uma celebridade por seus programas de televisão e soube utilizar este poder para conseguir fazer a diferença. Eu nunca tinha visto suas aparições na TV, mas após ver o vídeo abaixo fui saber mais e descobri que ele foi responsável pela mudança no cardápio das escolas britânicas, tirando fast-food e colocando refeições mais balanceadas para as crianças.

Em sua atual série, Jamie At Home, o chef fez várias considerações sobre como é feita a criação de galinhas e ovos para mostrar às pessoas que produtos industrializados a base de frango ou de ovos têm um preço alto quando se leva em conta a vida de as galinha tem e a maneira como elas são mortas (clique aqui para ver). Jamie se uniu ao movimento "Hugh's Chicken Run" que propõe a utilização apenas de galinha criadas de forma não industrial.

Para provar seu ponto ele apresentou em rede nacional, durante um jantar de gala, os métodos para descarte de pintos e morte de frangos. No primeiro vídeo ele convida as pessoas a colocarem pintinhos em caixas divididas entre machos e fêmeas. Depois ele explica que na indústria de ovos os pintos machos não têm importância, por isso precisam ser descartados. Depois ele faz uma demonstração ao vivo de como os pintos são mortos por sufocamento. Confira abaixo, mas aviso que o vídeo mostra mesmo os pintos morrendo, por isso se você não gostar deste tipo de coisa não assista.



Depois ele demonstra como se mata os frangos para a produção. Na Inglaterra o sistema é diferente daqui. Lá o frango têm que ser eletrocutado e depois o sangue é retirado, já no Brasil um corte é feito no pescoço e depois se espera ele morrer. As pessoas que trabalham com isso, entrevistadas por Jamie, dizem que a pessoa se acostuma a trabalhar com isso, mas que nunca fica "fácil" trabalhar matando animais. Eles também especificam que matar os frangos com eletrochoques é a maneira mais humana de se fazer isto. Confira o segundo vídeo abaixo, mas lembre que o frango realmente é morto no vídeo, por isso veja se quiser.



A reação de algumas pessoas nos dois vídeos mostra como na maioria das vezes comemos carne vinda de animeis e não nos importamos, nem sequer pensamos em como estes animais são mortos ou como eles são criados.

Na minha opinião a única criação legalizada pior que a criação industrial de frangos é a de porcos, por isso tento ao máximo evitar carne de suínos. Mas tenho consciência de como são feitas as criações de animais e por isso tento variar minhas refeições, procurando alternativas como massas e carne de soja (não reclame sem ter provado).

Fonte: Digg