quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Confirmado: Veggie Crispy não é vegetariano

O Mc Donald's lançou no mês de junho o sanduíche Veggie Crispy nas lojas de todo o país.

O novo lanche é composto por um empanado de legumes, alface americana, tomate e molho blanc, tudo num pão de grãos. Este é o primeiro sanduíche supostamente vegetariano que o Mc Donald's lança no Brasil.

Mensagens têm circulado pela internet nos últimos dias afirmando que o molho usado para temperar o empanado teria, entre seus ingredientes, aroma natural de frango.

Procurada pelo Vida Vegetariana, a assessoria de imprensa do Mc Donald's confirmou a presença do aroma natural de frango para realçar o sabor e disse ainda que a rede de fast-food nunca divulgou este sanduíche como sendo vegetariano e, sim, a base de vegetais. O lanche também contém farinha de trigo e glúten.

Alguns vegetarianos que chegaram a consumir o produto e se sentiram lesados estão entrando no juizado de pequenas causas contra a rede de fast-food, pois o Veggie Crispy não seria um lanche vegetariano, passando assim a imagem de propaganda enganosa. Segundo o dicionário online Merriam-Webster, o termo "veggie" se destina a vegetais e vegetarianos(na forma de gíria).

Fonte: Vida Vegetariana

Direitos Animais é uma questão ambiental

Por Jaqueline B. Ramos* para Envolverde

Todos os anos os ativistas de direitos animais dos Estados Unidos e alguns representantes de outros países se reúnem numa conferência para trocar idéias e discutir os avanços do movimento de defesa dos animais. Trata-se da Animal Rights, evento idealizado há 15 anos pela organização sem fins lucrativos FARM (Farm Animal Reform Movement). Este ano a conferência foi realizada na cidade de Los Angeles entre os dias 19 e 23 de julho e os cerca de 1000 participantes discutiram questões que foram além das estratégias de ações de defesa, campanhas e vegetarianismo/ veganismo no âmbito de ações de exploração covardes cometidas contra os animais. Conclui-se que além de ser uma prática ética em relação aos bichos, Direitos Animais é uma questão ambiental.

Em tempos de manchetes sobre aquecimento global, já foi amplamente divulgado o fato de que a pecuária e todos os outros processos que geram produtos de origem animal são grandes vilões do meio ambiente por conta da devastação de florestas, alto consumo de cereais e desperdício e poluição das águas. Leitura completa aqui.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

China and Vietnam battle lethal pig disease

24 August 2007
Source: SciDev.Net
Scientists believe a deadly strain of the pig virus that causes 'blue-ear disease' has evolved after cases were reported this year in China and Vietnam.
China has reported losing or culling over 600,000 pigs with blue-ear disease —porcine reproductive and respiratory syndrome — since mid-2006 when this strain first appeared. Vietnam began reporting cases in March this year.

Blue-ear disease weakens the infected pig's immune system. Adult animals often survive, but piglets frequently die from secondary bacterial infections, which can turn ears blue.
But sows and piglets are dying in the current outbreak. A group from the Institute of Microbiology in Beijing have described a genetic variation in the virus that they believe may be responsible for its increased deadliness.

Some media outlets have accused China of not sharing virus samples, but the Food and Agriculture Organization (FAO) in Beijing says this is premature, stating that it has not yet asked the Chinese government for samples or permission to investigate the outbreak, but intends to make a request soon.

The Vietnamese government has already requested assistance from the FAO after outbreaks increased in June and July. Samples are currently being analysed in US-based laboratories.

Link to full article in Science

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

The Shift

"The biggest moviment in human history". Saiba qual é assistindo esse trailer.

THE SHIFT movie raises awareness to the story of our roles in an evolutionary shift in our collective consciousness.

As it chronicles the faces, the stories and leaders assisting in this social transformation, the film reveals its emergence & meaning.

domingo, 26 de agosto de 2007

O dilema do ser humano

Esses dias foi exibido no Rio o festival de cinema ambiental FICA , não pude ver a todos, mas aquele que recomendo é MEU PRIMEIRO CONTATO, um documentário comovente sobre a história de uma tribo amazônica transferida para o Xingú pela equipe do Orlando Villas Boas.

O filme mostra o primeiro contato dessas pessoas com a cultura dos "brancos" e o processo de interferência causado por nós ao tentarmos olhar culturas alheias sob nossas perspectivas. Há o registro da inocência e do medo de seus personagens no primeiro encontro, em contraste à situação de arrependimento de hoje. A história termina com depoimentos de pessoas enclausuradas em suas esperanças de retornar à terra de suas origens e que agora são utilizadas para pasto.

E em meio à exibição dos filmes, pessoas de grande importância na disseminação da linguagem ambiental vieram expor suas posições frente aos nossos dilemas atuais. Leonardo Boff, André Trigueiro e Marcos Sá Correa foram perfeitos e complementares em suas conclusões e limitações como seres humanos que tentam "fazer a sua parte" abrindo o debate ambiental a todas às culturas e populações desse Brasil. Iniciativas como o FICA, assim como os novos meios de comunicação desenvolvidos pelas novas ferramentas tecnológicas servem, especialmente, à disseminação do debate ambiental.

Concluímos que não é preciso anos de academia, ou a leitura de milhares de títulos, para chegarmos a simples conclusão do tamanho do problema que enfrentamos, assim como a falta de perspectivas vergonhosamente empurrada às futuras gerações. "Qual o futuro para a humanidade?", "Temos jeito?" foram questionamentos colocados a todos os participantes pela platéia.

Como resposta, todos os palestrantes foram uníssonos ao apontar o consumo como a grande origem desse desequilíbrio catastrófico. Pois é o consumo e, a forma como consumimos, que geram esse modelo de produção que vem literalmente consumido todos os recursos da Terra até sua exaustão.

Contexto, personagem e roteiro
Identificadas os papéis do drama ambiental planetário, a platéia volta para casa sabendo que algo tem de ser feito e que de alguma maneira vamos ter que "fazer a nossa parte". É extremamente desconfortante voltar para casa sem tentar pensar numa idéia, sem questionar uma solução antes que nossas vidas tornem-se desesperançosas. Uma idéia torna-se uma esperança e, uma ação, um alívio. E foi assim que decidi não comer mais carne alguns punhados de anos atrás, como uma atitude que me trouxesse algum alívio. Mas jamais imaginei a tamanha dor de cabeça que declarar-se vegetariano pode causar. Convido todos a experimentar, declare-se vegetariando, mesmo que de brincadeira.

Digo que é desconfortante, não como o desconforto anterior de sentir-se perdendo a estrada por onde seguir, mas é o desconforto de tornar-se um espelho nítido; colocando na frente de todos a resposta para perguntas que ninguém ousa fazer.

Até quando deixaremos oculto, velado, trancado e maquiado nosso maior "bem" de consumo, aquele nosso maior "produto" que para ser "fabricado" utiliza quantos planetas forem necessários a saciar uma fome sem fim? E ainda quais as forças culturais que nos levam a esconder de nós mesmos tamanha verdade? Você conhece a violência gerada num prato de comida? Abaixo uma indicação de livro para quem não entendeu "patavinas" dessa história.

Por Clarissa Taguchi, decidida a encarar-se vegana (uma consumidora vegetariana ética) há quase uma semana.

O Dilema do Onívoro de Michael Pollan, Editora Intrínseca, 2006
A insensatez do agronegócio é objeto deste livro fascinante, que faz sucesso crescente à medida que os leitores descobrem a importância de saber como se estrutura a indústria dos alimentos que chegam diariamente às suas mesas

Por Luiz Prado para Planeta Sustentável

Nos EUA, são necessárias duas calorias de fertilizantes sintetizados a partir do petróleo para produzir uma caloria de milho. E como o gado bovino é alimentado com milho, quase um barril de petróleo é consumido para cada animal abatido. Os excedentes da produção de milho estão na origem tanto da abundância quanto da obesidade. Os subsídios governamentais são generosos, o alimento industrializado tem preços baixos, mas dão origem aos altos índices de obesidade que custam algo em torno de 90 bilhões de dólares por ano em despesas médicas. Ou esses excedentes atravessam a fronteira do México, onde liquidam com os pequenos produtores.

Toda uma complexa cadeia de interesses gira em torno da produção de milho, impedindo que cessem os subsídios. A insensatez do agronegócio é objeto de um fascinante livro intitulado "O Dilema do Onívoro", que faz sucesso crescente à medida que os leitores descobrem a importância de saber como se estrutura a indústria dos alimentos que chegam diariamente às suas mesas. O livro de Michael Pollan certamente é um importante alerta para um Brasil que se pretende transformar numa Arábia Saudita dos biocombustíveis.

O livro começa pela descrição da gigantesca monocultura de milho no estado de Iowa e volta até a origem da alta produtividade, com raízes na produção de sementes híbridas na década de 30, permitindo a mecanização da lavoura e dando início a um processo que rapidamente transformará os agricultores em reféns - mais do que em beneficiários - da agroindústria. Ao final da segunda guerra mundial, quando os Estados Unidos detinham imensos estoques de nitrato de amônia para a fabricação de explosivos, a solução encontrada foi o uso intensivo de fertilizantes. Também a indústria de pesticidas se estrutura com base nos estoques de produtos químicos destinados à fabricação de gases venenosos para uso militar.

Os excedentes da produção de milho precisam encontrar mercados e logo começam a ser utilizado na alimentação de animais, mesmo dos ruminantes, cujo sistema digestivo não é adaptado ao consumo de cereais.

Seguindo em busca da cadeia produtiva da agroindústria, Pollan viaja até Garden City, no estado de Kansas, e descreve a criação de gado bovino confinado, alimentado com milho, antibióticos e outros medicamentos, suplementos alimentares e estrogênio, gordura liquefeita e uréia sintetizada a partir do gás natural. Trinta e sete mil cabeças numa instalação que na linguagem da agroindústria norte-americana é conhecida como Operação Concentrada de Alimentação Animal (CAFO - Concentrated Animal Feeding Operation).

"Essa instalação se parece como uma cidade pré-moderna, sem espaço, imunda e mal-cheirosa, com o esgoto a céu aberto, ruas sem pavimentação e o ar tornado visível pela poeira. (...) A concentração de animais em meio à falta de higiene sempre foi uma receita para doenças. A única razão pela qual não ocorrem epidemias como nas cidades humanas medievais é o uso intensivo de antibióticos. (...) Essa alimentação da à carne a textura e o sabor que os consumidores norte-americanos passaram a gostar. No entanto, essa carne é menos saudável para nós, já que contem teor mais elevado de gorduras saturadas e menos ômega-3 do que as carnes do bovino alimentado no pasto. (...) Na medida em que se avança na compreensão desse sistema de produção, torna-se inevitável questionar se o que parece racional não é também uma loucura total".

Depois, o autor disseca o processamento dos alimentos consumidos nos EUA. Pode-se dizer que o cereal matinal é o protótipo desse modelo: a indústria transforma 4 centavos de dólar de milho comprado como commodity em 4 dólares de alimentos processados, com novas formas e sabores, vendidos em embalagens que atraem o olhar do consumidor, tudo com o apoio de grandes campanhas publicitárias. Para cada caloria de alimento assim processado são necessárias 10 calorias de combustível fóssil.

"Na General Mills eu ouvi, pela primeira vez, a expressão sistema alimentar. Essa expressão é mais atrativa e indicadora da alta tecnologia do que a palavra comida. E evita as conotações negativas de sua antecessora, alimento processado industrialmente. Os especialistas do setor falam, também, em proteína vegetal texturizada e em nutracêuticos".

Daí, o caminho até o McDonald's é denso de truques apoiados em estudos de mercado e na "ciência da alimentação". Foi o esforço para aumentar a receita de cadeias de cinema que, depois de muitas experiências, levou à criação dos imensos sacos de pipoca e copos de soda que hoje estão presentes em todos os locais dos EUA, tendo as crianças como alvo principal. Três em cada cinco norte-americanos têm o peso mais elevado do que o recomendável, um em cada cinco é obeso, e cada criança nascida depois de 2000 tem 33% de possibilidades de desenvolver diabetes.

"Atualmente, 19% das refeições norte-americanas são feitas em automóveis. Refeições compradas sem que a porta do veículo precise ser aberta, comidas sem que o carro tenha que parar, com o uso de uma só mão. De fato, essa é a genialidade dos nuggets de frango: poder consumir sem o uso de prato ou garfo. Não há dúvidas de que os pesquisadores do McDonald's estão neste momento trabalhando para que se possa fazer o mesmo com uma simples salada."

O livro de Pollan segue por caminhos fascinantes e sua leitura nos faz perguntar se é isso que queremos. A afirmação de que não haverá necessidade de desmatamento para a produção e a exportação de imensas quantidades de biodiesel se baseia na avaliação de que grandes áreas de pastagens podem ser convertidas para monoculturas de oleaginosas com um pouco de modernização de nossa agricultura... Isso, apenas para começar uma reflexão mais profunda sobre estilos de vida na era pós-petróleo.

Mais clique aqui.

sábado, 25 de agosto de 2007

Convite!! Melhor amiga dos cães precisa de ajuda


Dona Diolanda cuida em casa de centenas de cães doentes. Custos com ração, vacinas e remédios são altos demais para ela.
Do G1, no Rio
Dona Diolanda sempre gostou de cachorros. Há 15 anos, cuidava de 40 em sua casa, no Centro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Uma espécie de milagre da multiplicação elevou consideravelmente o número de hóspedes.

Hoje é impossível afirmar quantos são com segurança, pois os bichos se movimentam o dia inteiro entre o quintal e os vários cômodos da casa. A dona supõe que já passou de 300 animais, mas um empregado aposta em 400.

Dependendo do tratamento que precisam, os bichos, separados em grupos, ocupam uma parte determinada do terreno. O movimento de entrada de novos moradores é ininterrupto. Todos os dias são jogados, por cima do muro de Diolanda de Lima Bastos, cães doentes e velhos. “Só na semana passada, chegaram mais nove. Não pára de chegar”, ela conta.

(Os cachorros ocupam o quintal e vários cômodos da casa)

Dona Diolanda não consegue recusar os novos cães. Principalmente quando percebe que os bichos têm alguma doença, o que é muito comum. Para dar assistência à matilha, mantém três empregados que ajudam nos cuidados e na limpeza do abrigo, que anda em condições precárias. Atualmente há uma epidemia de cinomose, doença altamente contagiosa que não é transmitida para o homem, no quintal de dona Diolanda. Os cães ficam paralisados e correm risco de morte. O empregado Eduardo de Souza, há oito anos com ela, levou dois filhotes ao veterinário. Mas a doença não é o único problema que atinge os animais. Sarna e carrapatos também tiram o sono da melhor amiga dos cães.

Cuidar dos cachorros custa caro
Os custos com remédios, vacinas e alimentação são muito altos. Por dia, são 90 quilos de ração, divididos em seis sacos de 15 quilos. O abrigo é mantido com a ajuda de Edina Prado, professora da Faculdade Moacyr Sreder Bastos, e mais três amigas. Também conta com doações. Poucas. Edina mora perto de dona Diolanda e tem em casa sua matilha particular, atualmente com 34 cachorros. “O povo de Campo Grande não tem piedade de uma senhora tão idosa. Precisamos de ajuda”, implora a amiga. Ela criou o projeto UniãoAmorCão, que arrecada doações para os cães abandonados e um novo lar para eles. A professora conta que a veterinária Cláudia Kelab vacina, por caridade, castra e faz outros procedimentos nos cachorros do abrigo por menos da metade do preço. Edina não se cansa de pedir ajuda a ONGs (Organizações Não Governamentais) e à Prefeitura. Mas o serviço gratuito de castração oferecido pela Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais (SEPDA), segundo a professora, não resolve o problema. “Não dá pra levar os cachorros lá em Bonsucesso. A Prefeitura não paga o transporte. E são muitos os que precisam ser levados.”, lamenta.

Diolanda sonha com a legalização do abrigo
Paulo Roberto, também empregado, conta que a convivência com vizinhos não é amistosa. "Eles só criticam o abrigo e querem ver os cachorros longe daqui". Dona Diolanda não se importa. Mesmo tendo sido mordida muitas vezes, só admite doar os animais se tiver garantias de que eles vão ser bem tratados em outra casa. Apesar de seu padrão de vida ter caído bastante por causa dos cães, dona Diolanda não se arrepende de dividir a casa com eles. “Eu já tive um vidão, carro na garagem, motorista. Minha casa era arrumada. Eles destruíram tudo. Não tem mesa, sofá, fogão, nada”, conta a protetora dos animais, que ficou viúva há 15 anos e, desde então, passou a dar abrigo aos cachorros abandonados. “Meu sonho é legalizar o abrigo. Aí, posso morrer tranqüila. Agora não dá nem pra morrer”, avisa.

Veja galeria de fotos
O abrigo que dona Diolanda mantém em casa ganhou uma comunidade no Orkut.
O endereço eletrônico de dona Diolanda é http://br.geocities.com/uniaoamorcao/.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Raw for 30 days

Um filme independente Norte-Americano sobre 6 pessoas diabéticas acostumadas a se alimentar de fast-food entram no desafio de se curar através da alimientação vegan, orgânica, crua e sem aditivos e preservativos por 30 dias. O filme foi inspirado na Dieta do Palhaço, onde o oposto foi feito por um indivíduo saudável.

Está em inglês, mas confira o trailer abaixo.

Raw for 30 Days is an independent documentary film that chronicles six McDonald's-munching Americans with diabetes who switch to a diet consisting entirely of vegan, organic, live, raw foods in order to reverse diabetes naturally. The six participants are challenged to give up meat, dairy, sugar, alcohol, nicotine, caffeine, soda, junk food, fast food, processed food, packaged food, and even cooked food – as well as go without their loved ones and many of their creature comforts – for 30 days.

Can foods heal? Can diabetes be reversed or cured through diet? Can a diabetic thrive without insulin and other drugs? Can people subsisting on a Standard American Diet (SAD) give up their favorite foods and favorite vices for 30 days? Can six strangers of diverse ages, races, and backgrounds support and nurture each other through this life-altering challenge?

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Video: Vegetarianismo no Alternativa Saúde

Programa que busca apresentar formas de unir vida saudável e prazer, além de tratar da medicina alternativa e suas mais diversas vertentes, apresentado pela atriz Patricya Travassos, no Canal GNT.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Vegetarianismo a favor do meio ambiente

Revista Época on Line

POR CRISTIANE SENNA

Algumas pessoas se tornam vegetariana pela libertação animal e outras em busca da boa saúde, mas há um motivo muito importante que deve ser considerado por todos: a ação impactante que a pecuária tem sobre o meio ambiente. Em entrevista a ÉPOCA Online, o biólogo e ativista Sérgio Greif explicou um pouco mais sobre o assunto.

Impacto ambiental de uma dieta centrada na carne

A pecuária representa uma das atividades humanas mais impactantes para o meio ambiente, consumindo grandes quantidades de água, grãos, combustíveis fósseis, pesticidas e drogas. Esta atividade é também a principal causa por trás da destruição das florestas tropicais e outras áreas naturais, além de grande responsável por outros impactos ambientais, como a extinção de espécies, erosão do solo, escassez e contaminação de águas, desertificação, poluição orgânica e efeito estufa.

Leia matéria completa aqui.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Will Tuttle

Autor do livro World Peace Diet, ainda não traduzido para o português.

Além de revelador, esse livro tem a força e ao mesmo tempo a delicadeza de trazer uma verdadeira revolução em nossas vidas, em nossas mentes, em nossos corpos e em nossos espíritos. Aqui um link de um vídeo de 55 minutos.

http://www.youtube.com/watch?v=oLgGnP0pWzM

Primavera Vegetariana!

Convite: Piquenique da Primavera Vegetariana*
O Grupo vegetariando! chama veganos, vegetarianos e simpatizantes para um encontro de celebração da primavera!

Vamos ter música acústica, bate-papos, tira-dúvidas com nutricionista, crúzinheiros e ainda, teatro dos fantoches para crianças e crescidos!
Dia 22 de setembro de 2007, sábado, das 12h às 18h.

LOCAL: Parque Lage, perto do lago – Jardim Botânico.
Cada um deverá levar um prato de comida, doce ou saalgada. E se você não sabe o que levar, traga frutas, sucos ou flores. Mas não deixe de participar!
CONVIDE seus amigos!
A comemoração da primavera é a comemoração das flores, da alegria e da vida. Vamos compartilhar nosso alimento com pessoas que também respeitem a vida e, venha aprender também sobre o que é o vegetarianismo ético.
Vamos proteger o planeta: traga seus talheres, copos, prato e também uma toalhinha...
*Devido ao pouco tempo e a grande quantidade de eventos acontecendo, com relação ao ambientalismo, vegetarianismo e proteção animal, remarcaremos o lançamento do nosso grupo para breve. Para saber mais mande um email: grupovegetariando@gmail.com

QUEM SOMOS:
O Grupo Vegetariando foi inicialmente formado por um grupo de mulheres ativistas do vegetarianismo e ambientalismo. Hoje é formado por pessoas, pessoas humanas à favor de vidas planetárias, da harmonia e da PAZ entre todos os seres do planeta.

*******

Veja nossas ações:

Passeata 01/07/07 Live Earth Carnaval das Culturas Teatro dos Fantoches! e Campanha Aqueça seu Coração e não o Planeta!

sábado, 11 de agosto de 2007

O Pássaro Cativo

Em exposição no MAM, Tropicália
-Ponha-se em nosso lugar. Que crime cometemos?
-Oras, vocês foram araras muito más. Roubaram o girassol dos papagaios.
"...Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes?
Solta-me covarde! Deus me deu por gaiola a imensidade:
Não me roubes a minha liberdade ...
Quero voar! voar!
Estas cousas o pássaro diria,
Se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição:
E a tua mão tremendo, lhe abriria
A porta da prisão..."
Pelo pássaro Olavo Bilac.

Ciência construída sobre a dor da natureza

DIA 11.08.2007 - JORNAL O GLOBO - Página 3 - PROSA E VERSO

Filósofa Sônia T. Felipe mostra que progresso à custa do sacrifício de animais não é aceitável nem verdadeiro

Ética e experimentação animal: fundamentos abolicionistas
, de Sônia T. Felipe. Editora da UFSC, 351 páginas. R$ 40

Regina Schöpke

Como diz Vinícius de Moraes: "a vida é a arte dos encontros". Alguns são bons, outros nem tanto; mas certamente não há vida ou ser que não se defina, como já dizia Espinosa, pela sua capacidade de afetar e de ser afetado por outros seres. Nesse sentido, independentemente do valor arbitrário que se atribua à vida (porque, para a natureza, não existem seres superiores ou inferiores, mas simplesmente seres), a verdade é que todos os existentes estão em relação uns com os outros, estão perpetuamente se agenciando. Um bom encontro, nesse caso, é aquele que aumenta o nosso poder de ação, é aquele que nos torna mais fortes; um mau encontro é aquele que decompõe nossas forças, que diminui nossa capacidade de expansão e de vida. Nessa ética profunda de Espinosa, qualquer vida é soberana e a escravidão não pode ser pensada senão como um mau encontro, como um ato de tirania que impede um ser de simplesmente ser, de viver, de agir, de ser senhor de si mesmo e de suas ações.

Humanidade sofre de sonolência moral e ética

De fato, é comum argumentar que é "natural" preocupar-se mais com sua própria vida do que com a dos outros, mas os animais, por exemplo, possuem um censor natural que os impede de ir além de suas necessidades básicas, ou seja, eles não conhecem a ambição e nem a tirania, diferentemente do homem, que é capaz de sacrificar todas as espécies (inclusive a sua própria) se isso puder lhe trazer algum benefício. Digam o que disserem, justifiquem como quiserem (que somos "superiores", que somos "filhos de Deus e que a natureza foi criada para nos servir"), é por tirania, e não por um direito natural, que os homens escravizam as outras espécies e os próprios homens.

Talvez Nietzsche esteja certo em dizer que a natureza é amoral (no sentido de que ela desconhece as idéias de bem e de mal), mas nós somos imorais quando tiranizamos a tudo e a todos. É claro que ninguém é capaz de defender publicamente atirania, a escravidão, a exploração humana, embora muitos se beneficiem com isso, mas quando a questão é a relação do homem com as outras espécies, a exploração é clara e inescrupulosa, já que quase ninguém se sente indignado com o fato dos animais (que muitos, aliás, dizem amar) serem completamente destituídos de qualquer direito, ultrajados em sua liberdade e expostos a todo tipo de humilhação e sofrimento.

Quando, além de todos os abusos cometidos (que incluem milhões de animais abatidos todos os dias para nossa alimentação, muito mais pelo "prazer" da carne do que por uma necessidade real, animais usados para diversão e mortos em práticas "esportivas" ou vendidos em feiras e pet shops), ainda temos que ouvir alguns cientistas alegarem que a experimentação animal é necessária para o nosso "bem-estar e progresso", não podemos deixar de concluir que nossa espécie realmente sofre de uma profunda sonolência moral e ética. Não estamos questionando o valor das ciências (isso seria uma insanidade), mas é preciso refletir sobre um tipo de ciência que acredita que a busca do conhecimento não deve ter limites, que se pode dispor da natureza inteira e mesmo do próprio homem quando o assunto é o "saber".

Sem dúvida, além do aspecto duvidoso e perigoso de muitas pesquisas (como, por exemplo, a "bricolagem biológica" que consiste em recortar-e-colar genes como se fosse algo seguro e controlável), há a questão fundamental sobre o direito que temos de utilizar os animais em experimentos científicos, adoecêlos, torturá-los, desfigurálos, matá-los - enfim, tratá-los como "coisas", como objetos.

Como, afinal, conciliar a nossa razão superior e refinada com tais barbaridades? Como fecharos olhos para essa tirania? Eis uma questão que o livro da filósofa Sônia T. Felipe, "Ética e experimentação animal: fundamentos abolicionistas", pode nos ajudar a pensar.

Professora e pesquisadora do departamento de filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina, Sônia dedica-se, há anos, à reflexão sobre os argumentos éticos em defesa dos animais. Na esteira de filósofos como Peter Singer e Tom Regan (conhecidos por sua luta contra a escravidão animal), ela empreende uma cruzada contra os preconceitos que impedem a extensão da esfera da moralidade também aos animais.

Partindo do princípio (confirmado pelos cientistas mais conscientes, como vemos em seu livro), de que a maior parte dos experimentos com animais não produz nenhum avanço científico real (seja porque somos fisiologicamente diferentes deles, seja porque parte desses experimentos serve aos frívolos interesses das indústrias de cosméticos, seja porque a maior parte da Humanidade é alijada dos "benefícios" da ciência), a filósofa brasileira une sua voz à dos abolicionistas, lembrando que também no passado parecia utópico o discurso contra a escravidão humana.

Argumentos embasados em quatro perspectivas distintas

Ao mecanicismo de Descartes - para quem o animal é uma máquina sem sentimentos, sem emoções - Sônia Felipe contrapõe as idéias de Darwin e apresenta todas as evidências da dor, do sofrimento e da inteligência dos animais, revelando o número assustador daqueles que são usados em experimentações no mundo (cerca de 500 milhões por ano). Eis porque, para ela, é preciso de uma vez por todas proclamar a abolição dessa outra escravidão, que coloca em dúvida nossa própria superioridade moral. Buscando em quatro perspectivas diferentes (a religião, a ciência, a filosofia moderna e contemporânea e a tradição jurídica) argumentos contrários à experimentação animal, a autora vai tecendo sua própria visão de mundo, na qual o respeito não é um ato de complacência e piedade, mas conseqüência de uma elevação moral e ética do homem.

Em outras palavras, o discurso do "progresso" à custa do sacrifício e do sofrimento de outras espécies não é nem aceitável e nem verdadeiro. Podemosfechar os olhos para isso, mas nada altera o fato de que estamos "matando os nossos chineses".

Com isso, nos referimos a uma interessante questão levantada pelo escritor Chateaubriand, a propósito da consciência humana. Ele pergunta: se pudéssemos, com a simples formulação de um desejo, provocar a morte de um homem na China e herdar toda a sua fortuna (sabendo que jamais seríamos descobertos), faríamos isso sem hesitar? Ou seja: agimos eticamente por medo de alguma punição ou temos repugnância por todo ato imoral, covarde e tirânico, mesmo que ele possa porventura nos beneficiar? A primeira opção faz de nós hipócritas; a segunda, faz de nós seres verdadeiramente éticos.

Atos de tirania derrubam clamor por justiça

Não há justificativa para a escravidão humana ou animal, apenas a tirania, o abuso de poder, o desrespeito. Como, afinal, ignorar a brutalidade inenarrável que é manter como prisioneiros milhões de macacos, coelhos, cães, gatos para serem todos os dias torturados em laboratórios? O argumento de que o animal é uma engrenagem movida por instintos mecânicos há muito já caiu por terra, embora continuemos fingindo (seja por preguiça mental, indiferença, comodidade ou interesse econômico) que não existe mal algum em tratá-los como uma propriedade nossa.

Enfim, em nome do que o homem se arroga o direito de escravizar todos os seres do planeta, enquanto defende, para si, valores como a liberdade e o direito à vida? Será que o homem não consegue compreender que seus argumentos em favor da vida humana, seu clamor por justiça e pela igualdade de direitos jamais se sustentarão enquanto ele próprio não deixar de ser um pequeno tirano (na sua casa, no seu trabalho, com os outros seres)? Resumindo: o homem não se vê como parte da natureza e continua agindo contra si mesmo quando insiste em atacá-la, em destruir seu equilíbrio. Mas a vida é soberana e sempre continua, com ou sem ele. A felicidade que se constrói sobre a dor e os gemidos da natureza (ou de outros seres humanos) é criminosa e ilusória.

REGINA SCHÖPKE é filósofa, medievalista e autora do livro "Por uma filosofia da diferença"

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Backwards Hamburger

Já olhou o que está por trás da sua comida? Pense um pouco e para ter uma idéia mais clara, dê uma olhada nesse vídeo.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Mais Fotos: Passeata e Carnaval das Culturas!

















Batalha em Kruger

Calma, não há mortes. Mas esse vídeo surpreende pela mudança no padrão de comportamento de búfalos selvagens. Algo semelhante nunca fora registrado.

Assista até o fim e reflita.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Tristeza: Unisul inaugura laboratório com animais

Gente...isso é uma notícia muito triste!!! Enquanto países no mundo inteiro estão abolindo o uso de animais em universidades (Inglaterra e Alemanha são um exemplo, 70% das universidades dos EUA e 1/3 da Alemanha), no Brasil, é o inverso. Vamos escrever para os responsáveis, que inaugurarão um laboratório na Palhoça-SC, de prática de experiência cirúrgica em animais!! Vamos fazer que saibam que não estamos de acordo com essa crueldade!!!!

medicina@unisul.br

Escrevam para os professores GERALDO BERNARDES, JORGE BINS ELY, ALEX SANTIN, JOÃO GHIZZO FILHO e os façam ver o quanto estão retrocedendo na história.

Matéria completa na comunidade PETA:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1583034&tid=2547564823099247026&na=4[http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1583034&tid=2547564823099247026&na=4]Esta

Mensagem enviada por THAIS SHANTI.

Carnaval das Culturas!

Brita e o Movimento Hari divulgam o vegetarianismo, a paz e o amor entre os seres do planeta.


Passeata "Aqueça seu coração, não o planeta. Seja vegetariano!" na Av. Atlântica.

domingo, 5 de agosto de 2007

Brita como Flora no Carnaval das Culturas!


A artista vegetariana e ativista pela proteção da Amazônia, Brita, transfigurou-se de Flora Nordestina e apresenta há dois dias o Carnaval das Culturas na Praça do Lido. Hoje é o último dia, tanto da feirinha cultural, quanto das apresentações.

No desfile realizado na Av. Atlântica, Flora, ao som da bateria Fina Batucada, representava o Brasil que sonha, que voa e que acredita poder enfrentar seus desafios com alegria.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Chamada: Carnaval das culturas e passeata vegetariana!

Nesta sexta, sábado e domingo, a FLORA NORDESTINA estará apresentando o evento Carnaval das Culturas no Lido em Copacabana.

II Carnaval das Culturas RJ - "A DIVERSIDADE SEM ADVERSIDADE"

ABERTURA:
Dia 3 de agosto, Pça do LIDO, 18 hs, confirmada a presença do Consul da Alemanha, Carlos MInc, BRita Brazil, entre muitos outros...

Este evento, que acontece há 12 anos consecutivos na Alemanha, começou bem mais modesto do que nossa primeira edição aqui no Brasil, em 2006.

No Brasil, o Carnaval das Culturas transformou-se em Projeto Social, que contempla e une a Cultura em diversas áreas. Tendo conquistado desde 2006 a simpatia de pessoas de " peso " na cena brasileira, como Carlos Minc, Angela Leal, Ricardo Cravo Albin, Noca da Portela e Glória Souza, da Ação da Cidadania ( irmã dos emblemáticos Henfil e Betinho ).

Em 2007 recebe ainda as adesões do carnavalesco Milton Cunha e seus alunos do Instituto do Carnaval e da adorável BRita Brazil, como ela mesma, e com sua Flora Nordestina, aquela que não aceita propina !

O evento acontecerá gratuitamente dias 3, 4 e 5 de agosto na Avenida Atlântica e Praça do Lido em Copacabana.
A Flora apresentará os grupos artísticos de 18 às 22 horas, nos três dias e vai estar também na passeata da campanha ""Aqueça seu coração, não o planeta. Seja vegetariano". Com saída marcada da Pç do Lido até o posto 4, Domingo às 10 hs.

Uma variedade de atrações estará neste palco por todo o fim de semana.

Confiante em sua sensibilidade, e no aguardo de sua presença,
Atenciosamente,
Lucia Sons (Coordenadora do Carnaval das Culturas)

Clique aqui e veja os Participantes.

Comentário de um blogueiro

Segunda-feira, Julho 09, 2007
Aqueça seu coração... seja vegetariano

O site www.consciencia.net não poderia ter sido mais feliz com o recente texto que promove o vegetarianismo. Estava com esse assunto em pauta aqui no blog, mas acho que não conseguiria formular um trabalho tão bem feito. Bom, convido-os a acessar o site e comprovar. Assim, quem sabe, numa futura rodinha com os amigos, você (ñ-vegetariano) não pague um "congo" alegando crendices inexistentes sobre o tema.

Foi algo que prometi a mim mesmo no dia 31/12/2006: "a partir de hoje irei me tornar vegetariano". Tal ambição adveio de uma enxurrada de sites em que me joguei para ver quais eram os argumentos dos, na época, "chatos homens-alfaces". A sensação foi como se esguichassem nitrogênio líqüido na minha cara. Não estou querendo dramatizar. Tanta informação, tanta razão, logo o "como pude ser tão cego" foi prontamente carimbado na minha testa.

Abandonei meus antigos pratos prediletos. Adeus pizza de frango com catupiry, adeus cachorro-quente, camarão, torta de frango, churrascos, peixadas... Da noite para o dia disse "adeus", e desde então tem sido uma peripécia. Juro que tudo citado acima não me faz falta nem enche minha boca, pois passei a analisar todo o processo (criação do animal, captura, abate, prejuízo ambiental e social) e, honestamente, me causa repulsa.

Não vou dizer que não senti a mudança drástica. A carência da vitamina B12, que é produzida em grande escala por causa da ingestão de carne e suas bactérias, me deixou abatido num período importantíssimo: meu estudo pra concurso público. Eu acordava às 7:30 quase em todas as manhãs de janeiro e fevereiro, e gradativamente passei para 8:30... 8:50... 9:30... 12:00!! Dormia muito, ficava indisposto e sabia que era consequência da minha nova alimentação, e minha família me pegava pra Cristo, como ocorre rotineiramente com todo vegetariano, que não pode espirrar que o povo já ergue o outdoor: "Isso porque não come carne!" Mas nada como uma boa consulta a um nutricionista (que lamentavelmente teve a coragem de me perguntar se eu tinha virado vegetariano por "modismo". Modismo esse q eu até gostaria de descobrir e me juntar a galera), pesquisas e pesquisas em sites não possam resolver.

Do blogue : Arcanjo de Prata.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Arpoador 01/07

Por Clarissa Taguchi

Cerca de 300 pessoas participaram, no último domingo, da caminhada ao longo da orla de Ipanema para a conscientização dos problemas acarretados pela maior das ameaças enfrentadas pela humanidade: o Aquecimento Global.

Unidos com o objetivo de mostrar alternativas e soluções pacíficas no combate ao fenômeno que tem alterado nas últimas décadas o equilíbrio das funções naturais do planeta Terra, diversas organizações entre elas a Secretaria de Meio Ambiente da cidade do Rio de Janeiro, o Projeto de Proteção aos Bovinos, a Sociedade Vegetariana Brasileira, a ONG Greenpeace, o movimento Hare Krishna, a Brahma Kumaris e a Frente Brasileira para a Abolição da Vivissecção; participaram da manifestação que apresentou a redução no consumo de animais na alimentação e o não uso de combustíveis fósseis para locomoção, como alternativas viáveis à redução dos gases do efeito estufa.

A apresentação do vegetarianismo como maneira de reduzir a emissão dos gases CO2, metano e óxido nitroso, surpreendeu participantes e pedestres. Para Thais Pimenta, geóloga, vegetariana e uma das organizadoras da campanha 'Aqueça seu coração, não o Planeta. Seja vegetariano!'; 18% das emissões totais desses gases é causada pela produção de animais para alimentação humana e, esse número é maior que a missão total causada pelo setor de transportes. Mas não é apenas isso que viemos mostrar, disse a coordenadora:

"Testemunhamos aqui, uma incrível manifestação pacífica de conscientização em defesa do Planeta Terra e de todos os seres vivos que aqui habitam. Acreditamos que ao enfrentarmos as mudanças climáticas com perspectivas saudáveis e pacíficas, passamos também a enfrentar diversas outras situações ligadas ao bem-estar da sociedade pelas mesmas perspectivas".

O movimento Hare Krishna, que pratica o vegetarianismo, também se manifesta nesse sentido: "É preciso conscientizar a sociedade que a alimentação é nosso principal hábito de consumo, e que uma alimentação baseada na violência para com outros seres e seu meio ambiente, reflete em nosso estado de espírito. A Natureza é viva e assim todos seus seres, rios, florestas, árvores, animais e seres humanos", disse o Swami Param Gati, um dos mestres do movimento.

A ONG ambientalista Greenpeace participou com sua campanha “Volta pelo Clima”, incentivando a população a mudar alguns de seus hábitos relacionados ao consumo de energia. Caminhar, andar de bicicleta, correr, andar de skate ou patins, são todas maneiras de cuidar do seu corpo e também do planeta.

A meditação também foi uma das ações apresentadas no evento, que permaneceu com exposições e atendimento de perguntas e respostas durante todo dia. Para a o centro de estudos Brahma Kumaris, “a base da meditação Raja Yoga é acessar, de uma forma prática, as nossas qualidades originais de pureza, paz, amor, felicidade e poder espiritual. Comer carne é um ato violento, que contém em si princípios opostos às qualidades intrínsecas do ser”, segundo Ana Lucia de Castro.

"Comendo carne, o praticante permanece num nível apenas superficial de meditação, a mente só experimenta uma tranqüilidade temporária e, sua compreensão sobre a vida continua limitada. Seu intelecto chega, no máximo, à erudição. Os vegetarianos podem acessar a profundidade do ser, tornando, assim, sua mente estável, serena e silenciosa. Seu coração generoso naturalmente distribui o poder e luz que experimenta. O intelecto se diviniza, torna-se amplo e ilimitado, alcançando, então, a verdadeira sabedoria; a iluminação”, disse Ana.

A Brahma Kumaris apresentou no meio da caminhada, um pequeno teatro infantil com a peça: Mundinho como vai você? As cartilhas para a campanha “Aqueça seu coração, não o planeta” foram patrocinados por empresas que não usam o vegetarianismo como missão e uma empresa de sorvetes lança sua linha de produtos veganos e orgânicos no evento. Isso demonstra a preocupação e sentimento de união que diversas pessoas e instituições estão tendo em relação ao Aquecimento Global e as mudanças climáticas acarretadas por ele.

A apresentação de práticas mais saudáveis de vida e seu reflexo na sociedade pode ter um poder de transformação em relação aos problemas que enfrentamos atualmente? Para Thais Pimenta, sim:

“A poluição das fontes de água, do solo, chega a nós alterando nossos processos bioquímicos e desequilibrando nosso organismo. A produção de carne é uma das maiores formas de degradação ambiental, são toneladas de excrementos diários que a produção de carne gera. Ficamos ainda mais assustados,ao ver as estatísticas de aumento no consumo de carne previsto pela FAO para as próximas décadas”.

Segundo Lidiane Martins, nutricionista vegetariana, “a dieta vegetariana nutricionalmente equilibrada é mais saudável porque muitas das doenças atuais podem advir do aumento no consumo de carne. Hoje, muitos alimentos disponíveis no mercado contem ingredientes de origem animal, muitos processados e embutidos. Quando procuramos uma dieta vegetariana, em geral passamos a nos preocupar com a qualidade e demais ingredientes utilizados na fabricação de nossos alimentos; quer dizer, corantes, agrotóxicos, conservantes e etc. que juntos podem levar ao adoecimento do organismo”.

Para mais informações sobre a campanha “Aqueça seu coração, não o planeta” acesse: www.consciencia.net

Para mais informações sobre a campanha “Volta no Clima” acesse: www.geenpeace.org.br

Como o consumo de carne adoece o planeta?

O aquecimento global é um fenômeno que tem alterado nas últimas décadas o equilíbrio das funções naturais do planeta Terra. Ele é considerado a maior ameaça à manutenção e sobrevivência da espécie humana e de muitos outros seres do planeta.

É consenso que as atividades humanas, desde o século XIX, são as maiores responsáveis pela alteração dessas funções, e uma das maiores, senão a maior, é a produção e consumo de animais.

A alimentação humana mudou consideravelmente nas últimas gerações. Consumimos cada vez mais proteínas de origem animal, o volume da produção desses alimentos nunca foi tão grande e, a cada dia, mais e mais pessoas no mundo passam a ter em sua dieta mais e mais alimentos de origem animal.

Apesar do decréscimo, ou estagnação, em países europeus e norte-americanos, e inclusive no Brasil, o consumo de carne está associado à renda per capita. A partir do momento em que as populações mais pobres elevam sua renda, passam a adquirir hábitos alimentares e de consumo diferentes. Essa é a grande razão do aumento no consumo de animais.

Só no Brasil o número de cabeças de gado é superior à sua população, são quase 170 milhões de brasileiros contra quase 200 milhões só de bovinos (IBGE,2000).

Por isso, estudos recentes da ONU e FAO (Órgão das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) demonstram que a alimentação humana atual é uma das maiores formas de degradação e poluição ambiental existentes. Todo o processo de produção e consumo de carne, peixe, frangos, ovos, leite, porcos etc. destinados à alimentação humana são responsáveis por:

-Produção de grande parte dos gases que provocam o efeito estufa
-Desmatamento de florestas originais e perda da Biodiversidade
-Contaminação de rios, lagos, lençóis d´água, aqüíferos e mares
-Contaminação do solo
-Exaustão e esgotamento das fontes naturais de água potável
-Diminuição da capacidade nutricional de alimentos vegetais
-Aumento da concentração de renda e conseqüente aumento da pobreza
-Geração e manutenção de inúmeras doenças

Como?

Todo animal produz excrementos e/ou gases que emitem substâncias que provocam o efeito estufa. O efeito estufa impede que o calor produzido tanto pelas atividades humanas quanto pela energia solar, atravesse as camadas mais altas da atmosfera e se disperse no espaço, permanecendo nas camadas mais baixas e aquecendo o planeta.

Segundo a FAO, a criação desses animais é responsável pela emissão de 18% dos gases do efeito estufa, número superior ao emitido pelo setor de transportes. São cerca de 37% das emissões globais de metano e 65% de óxido nitroso, gases com efeito dezenas de vezes superior que o gás carbônico.

Saiba mais clicando aqui