Multinacional que abastece marcas como Avon, L´Oréal, Max Love e Natura, Weckerle do Brasil é acusada de praticar assédio moral e submeter funcionárias a jornadas de 12h, sem direito à folga nos fins-de-semana
Por Beatriz Camargo para Repórter Brasil
Problemas na Weckerle,segundo as denúncias
Jornada ilegal: 12h de trabalho todos os dias, sem finais de semana
Horas-extras: há relatos de não pagamento das horas devidas (quatro horas-extras diárias)
Assédio moral: pressão para que a pessoa trabalhe mais, sob ameaça de demissão
Demissão: empresa exige que os 40% do FGTS sejam "devolvidos", sob ameaça de "sujar o nome" de quem está se desligando
Descontos indevidos: desconto no salário por faltas comprovadas com atestado médico
Eliane Ribeiro lembra do trabalho na Weckerle do Brasil como um pesadelo: hoje sofre de tendinite (inflamação dos tendões devido a esforço repetitivo) do punho até o ombro. O período de dois anos e três meses na empresa também trouxe conseqüências psicológicas. "Eu não saio de casa sozinha. Não vou nem ao mercado", relata. "Não era assim antes [do trabalho na linha de montagem da fábrica de cosméticos]".
A Weckerle do Brasil se apresenta como líder de mercado e é uma filial da multinacional alemã Weckerle Cosmetics. Vende cosméticos para Avon, L´Oréal, Max Love e Natura, entre outras marcas. A indústria, situada na Zona Sul da capital paulista, mantém cerca de 200 empregados.
Além de Eliane, outras pessoas que trabalharam ou trabalham na Weckerle - que são na maioria mulheres - desenvolveram, em poucos meses de serviço, doenças ocupacionais como tendinite, problemas na coluna, depressão e estresse. Segundo elas, o assédio moral, a jornada excessiva e as condições de trabalho em desacordo com a lei são as principais causas das lesões.
A Repórter Brasil entrou em contato com a diretoria da Weckerle do Brasil para apurar a posição da multinacional acerca das denúncias dos trabalhadores, mas a empresa não quis atender a reportagem.
Matéria completa aqui.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Fábrica de cosméticos de SP é acusada de superexploração
Postado por Clarissa Taguchi às quarta-feira, janeiro 16, 2008
Marcadores: Direitos Humanos
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