Determinar se a pessoa consome mais carne, frutos do mar,vegetais ou doces e, ainda, saber aproximadamente qual a origem do alimento ingerido é o que propõe um estudo sobre amostras de unha realizado pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA e coordenado pela Pós-Doutoranda em Ecologia, Gabriela Nardoto.
Apresentado aos participantes da 4ª Conferência Internacional sobre Nitrogênio, o estudo utiliza a Técnica de Isótopos Estáveis, um procedimento complexo que envolve o carbono e o nitrogênio. "Estes dois elementos químicos ficam marcados nas unhas das pessoas e, por meio da relação entre os dois, podemos determinar qual é o tipo de alimento consumido",
afirma Gabriela.
De acordo com o estudo, se as quantidades de nitrogênio e de carbono registradas na amostra de unha forem elevadas, há o indicativo do alto consumo de carne. No entanto, se a medição for oposta, a pessoa pode ser considerada vegetariana. Caso haja um consumo elevado de carbono e pouco nitrogênio, a alimentação é rica em açúcar e, se for contrário, há a tendência de uma dieta a base de frutos do mar.
Gabriela afirma que a principal vantagem do estudo é conseguir mapear o tipo de alimentação das pessoas por regiões e, assim, auxiliar especialistas em problemas envolvendo a desnutrição. Além disso, possibilita saber qual a influência da globalização na refeição das comunidades. "Tanto em São Paulo como em Santarém, no Pará, a alimentação é rica em comidas industriais. Mas em pequenos vilarejos no Pará, por exemplo, detectamos o consumo de alimentos da própria região", diz.
Em 2007, indústria mundial de fertilizantes deve alcançar a marca de 167,6 milhões de toneladas
Segundo dados da International Fertilizer Association (IFA), estima-se que, em 2007, o consumo mundial de fertilizantes chegará a 167,6 milhões de toneladas – um crescimento de quase 7% em relação a 2006, quando
alcançou 156,7 milhões de toneladas. No Brasil, a expectativa é chegar a 24,5 milhões de toneladas neste ano.
Luc Maene, Diretor Geral da IFA, apresentou ainda, durante a 4ª Conferência Internacional sobre Nitrogênio, as estimativas de dados para os próximo cinco anos. "Espera-se que haja um crescimento médio anual de 2,4% na
indústria de fertilizantes até 2011, quando alcançará cerca de 183,4 milhões de toneladas", afirmou.
As razões para o crescimento são o estímulo a diversificação
de alimentos, que necessita de maior utilização de fertilizante por hectare e o combate a fome. "Os principais responsáveis pelo crescimento do uso de fertilizantes serão a Ásia (70%), em especial a China, e a América Latina", diz Maene. Hoje, o Brasil situa-se na 4ª posição no uso de fertilizantes com 5,3% do total mundial.
Segundo o diretor, outro fator que terá papel fundamental
para o aumento do consumo de fertilizantes, principalmente nos Estados Unidos, seguidos pela Europa e pelo Oeste da Ásia, é o estímulo ao uso de
biocombustíveis.
Durante palestra realizada na 4ª Conferência Internacional sobre Nitrogênio, Maene ainda ressaltou que a crescente conscientização ambiental pode trazer um grande impacto na utilização do fertilizante, com destaque para o nitrogênio. "Cada vez mais, países procuram desenvolver leis para manutenção das condições climáticas, do solo e da água, o que leva a
otimização do uso do nitrogênio como fertilizante", explicou.
"Neste sentido, será necessário balancear o fertilizante para que não haja desperdício de nitrogênio, aumentando o uso de potássio em cerca de 3,3% ao ano, de fósforo em 3% ao ano e de nitrogênio, em apenas 1,8%
ao ano", analisou Maene.
Malau cresce com ajuda do nitrôgenio
Malaui, localizado na África Oriental, foi considerado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2005, como o país mais pobre do mundo, com cerca de 80% da população vivendo na miséria. Essa realidade começou a mudar no mesmo ano com a ajuda do nitrogênio.
Segundo Pedro Sanchez, professor da Universidade de Columbia, o programa de subsídios implantado no País, com a oferta de 2 sacas
de fertilizantes nitrogenados e 3 kg de sementes hibridas, e as condições
climáticas favoráveis elevaram a produção média de 0.8 ton/ha em 2004/2005 para 1.6 ton/ha em 2005/2006. "Antes da implantação do programa, havia cerca de 5 milhões de pessoas passando fome no
País", afirma.
No ano seguinte, seguiu-se o mesmo formato de subsídio,porém os resultados foram surpreendentes. Malaui chegou a exportar cerca de 100
mil toneladas e fornecer outras 10 mil para o combate a fome. "O custo total do governo chegou a 72 milhões de dólares, mas os benefícios passram a casa dos 680 milhões", finaliza Sanchez.
(Envolverde/Assessoria)
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Nitrogênio e carbono em unha revelam detalhes sobre a alimentação
Postado por Clarissa Taguchi às quarta-feira, outubro 24, 2007
Marcadores: Saúde
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário