sábado, 11 de agosto de 2007

O Pássaro Cativo

Em exposição no MAM, Tropicália
-Ponha-se em nosso lugar. Que crime cometemos?
-Oras, vocês foram araras muito más. Roubaram o girassol dos papagaios.
"...Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes?
Solta-me covarde! Deus me deu por gaiola a imensidade:
Não me roubes a minha liberdade ...
Quero voar! voar!
Estas cousas o pássaro diria,
Se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição:
E a tua mão tremendo, lhe abriria
A porta da prisão..."
Pelo pássaro Olavo Bilac.

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